Yevgeny Prigozhin, aliado próximo do presidente russo Vladimir Putin, admitiu pela primeira vez ter fundado a empresa militar privada Wagner Group em 2014, depois de ter negado o vínculo no passado e de ter processado meios de comunicação por o implicarem, avança o “The Guardian”. Agora, alega que anteriormente “evitava” associar-se aos mercenários para os proteger.
O empresário disse que fundou a Wagner para apoiar separatistas com ligações à Rússia no leste da Ucrânia. “Eu mesmo limpei as armas antigas, separei os coletes à prova de balas e encontrei especialistas para me ajudar. A partir desse momento, no primeiro de maio de 2014, nasceu um grupo de patriotas, que mais tarde passou a ser chamado de Batalhão Wagner”, disse em comunicado publicado pela sua empresa de catering, Concord. “Estou orgulhoso por ter conseguido defender o direito deles de proteger os interesses do seu país”.
Prigozhin acrescentou que os soldados de Wagner eram “heróis” que lutaram na Ucrânia, Síria e outros países árabes, africanos e latino-americanos.
O grupo de mercenários foi acusado de cometer abusos de direitos humanos na Ucrânia, Síria, Líbia, República Centro-Africana, Sudão e Moçambique. O alegado cofundador do grupo, Dmitry Utkin, tem ligações à extrema-direita e acredita-se que deu ao grupo o nome do compositor favorito de Hitler. Ambos foram sancionados pela UE e EUA.
O empresário emergiu como uma das figuras pró-guerra mais visíveis da Rússia. Desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro, Prigozhin tem-se gabado com frequência do papel de Wagner no país, onde terá desempenhado um papel central na captura de várias cidades e vilas no leste do país, apesar da vigência da proibição de empresas militares privadas na Ucrânia.
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