Os sistemas de Inteligência Artificial (IA) que algumas empresas utilizam para poder ler expressões faciais, e dessa forma utilizarem a IA para recrutamento, por exemplo, correm o risco de ser pouco confiáveis e discriminatórios, alerta Lisa Feldman Barret, professora de psicologia da Northeastern University citada pelo “The Guardian”.
O alerta surge num momento em que estão a ser lançadas aplicações com o sistema de identificação facial como é o exemplo da Unilever, um sistema de IA, desenvolvido pela empresa HireVue, que examina as expressões faciais dos candidatos, a linguagem corporal e a escolha das palavras. A aplicação também analisa características que consideram estar correlacionadas com o sucesso no trabalho.
Em outubro, a Unilever alegou ter economizado 100 mil horas de tempo em recrutamento de pessoas ao implementar este software.
No entanto, segundo a docente de psicologia, este tipo de sistema pode ser enganador tendo em conta que existe uma variedade no que toca a expressar emoções que não estão a ser tidas em consideração. “A Inteligência Artificial está a ser amplamente treinada para partir do pressuposto que todos expressam emoções da mesma maneira”, afirmou Lisa Feldman Barret.
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