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Wall Street fecha no ‘vermelho’ após Fed cortar taxas de juro

Os mercados financeiros norte-americanos terminaram a sessão da “super terça-feira” em terreno negativo, com uma queda de 2,94% do Dow Jones e uma perda de 2,85% do S&P 500.
Reuters
3 Março 2020, 21h22

A Bolsa de Nova Iorque fechou a sessão desta terça-feira, dia 3 de março, em terreno negativo, depois de ontem ter encerrado com ganhos superiores a 5%. Os mercados financeiros norte-americanos reagem ao corte das taxas de juro em 50 pontos base por parte da Reserva Federal (Fed), para tentar controlar os efeitos do novo coronavírus, e ao adiamento dos estímulos à economia global do G7.

Os três principais índices norte-americanos terminaram as negociações no ‘vermelho’. O industrial Dow Jones perdeu 2,95% para os 25.917,41 pontos; o financeiro S&P 500 caiu 2,85%, para os 3.002,19 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 2,99%, para os 8.684,09 pontos. Já o Russel 2000 está a ser marcado por uma desvalorização de 1,45%, para os 1.484,50 pontos.

A Tesla manteve-se em contraciclo, com uma subida ligeira de 0,25%, para os 745,51 dólares, depois de ter recebido o primeiro preço-alvo acima de 1.000 dólares. As ações da Uber fecharam igualmente com ganhos (+0,58%, para 33,04 dólares), na sequência de a empresa de transportes ter sido adicionada à “conviction list” da Needham.

A Alphabet caiu 3,44%, para 1.341,39 dólares, depois de a Google, tecnológica que detém, ter cancelado um dos seus eventos mais importantes, o Google IO, devido à disseminação do novo coronavírus. A empresa reembolsará quem comprou os bilhetes.

De acordo com as autoridades de saúde dos Estados Unidos, o número de mortos no país devido ao surto que começou em Wuhan subiu para nove, enquanto o número de casos se situa nos 108. “À luz dos riscos” da propagação do Covid-19, a Fed decidiu esta tarde “baixar as taxas de juro em meio ponto percentual” – a maior descida desde 2008 -, colocando a taxa de juro de referência para um intervalo entre 1% e 1,25%.

O corte de emergência levou as yields das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos a caírem para menos de 1% pela primeira vez. A taxa em causa perdeu mais de 11 pontos base, para o nível mais baixo de todos os tempos, de 0,906%.

“É importante considerar dois pontos. O primeiro é que os mercados monetários americanos já estavam a antecipar uma redução das taxas de juro, de pelo menos 0,25%, na próxima reunião do dia 18. O segundo ponto é que ontem, os índices americanos alcançaram a maior valorização diária desde a crise financeira, descontando assim uma eventual atuação dos bancos centrais”, referem os analistas do CaixaBank/BPI Research, numa nota de mercado.

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