A volatilidade está a marcar o desempenho dos principais índices da bolsa de Nova Iorque. Poucos momentos após o início da sessão em Nova Iorque, o Dow Jones, S&P 500 e o Nasdaq perdiam mais de 2%, depois dos ganhos registados na véspera, com o sentimento do mercado impulsionado pelo corte das taxas de juro determinado pelo Banco do Canadá, em linha com a Fed, o que sugeria uma ação coordenada da política monetária para mitigar os impactos económicos do Covid-19.
Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia declarou o estado de emergência devido à propagação do vírus que teve origem em Wuhan, na China. No território norte-americano, já subiram para onze as vítimas mortais do coronavírus, e aumentaram os receios sobre o impacto negativo que poderá ter no crescimento da economia.
À “Reuters”, Art Hogan, chief market strategist da National Securities de Nova Iorque, disse que a “volatilidade se tornou na norma à medida que apuramos os estragos’ económicos causadados pela epidademia”.
Esta quinta-feira, o industrial Dow Jones perde 2,57%, para 26.394,08 pontos; o S&P 500 cede 2,63%, para 3.047,90 pontos; e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 2,44%, para 8.798,41 pontos.
Nas empresas, as perdas estão a ser sentidas principalmente entre as companhias aéreas. A United Airlines tomba cerca de 7%, afunda 8,20% e a JetBlue perde 7,69%.
No petróleo, destaque para o impasse nas negociações, em Viena, sobre a quebra da produção de petróleo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia. De acordo com a “Bloomberg”, citando declarações do ministro iraniano do petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, a OPEP, liderada pela Arábia Saudita, pretende reduzir a produção de crude para um milhão de barris por dia a partir do segundo semestre de 2020, com os países não membros da organização da cortarem a produção em mais 500 mil barris por dia.
A reunião não contou com a presença do ministro russo da energia, Alexander Nobak, que deixou a capital austríaca sem ter acordado com o corte da produção de crude. Sem o acordo da Rússia, “não há acordo”, referiu Zanganeh à comunicação social presente.
O corte da produção de petróleo proposto pela OPEP tem por objetivo subir os preços da matéria-prima, que caíram 20% desde o início do surto do coronavírus que fez reduzir a procura, especialmente da China, que tem representado cerca de 10% da importação mundial de petróleo. Em Londres, o Brent, referência mundial, cede 0,35%, para 50,95 dólares. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate, avança 0,17%, para 46,85 dólares.
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