A Explorer Investments garantiu esta sexta-feira, em Assembleia-Geral, o apoio dos investidores para o prolongamento de vida do Fundo II por um período de três anos (com possibilidade de outros dois anos) por forma a possibilitar a venda dos ativos existentes com maior tranquilidade. A estratégia da gestão do fundo foi apoiada por 94% dos participantes. Desta forma, a Explorer poderá continuar a gerir este fundo por uma período máximo de cinco anos.
O Fundo II conta atualmente com três empresas: a MOP (empresa de outdoors), a Starfoods (que entre outros ativos detém a Companhia das Sandes e a Loja das Sopas) e a Cariano (que foi integrante de outra empresa detida pelo fundo, a Powervia). A Explorer Investments tem vindo a receber propostas por estas empresas, mas a gestão considerou que seria do interesse dos investidores prolongar o período de vida do fundo por forma a negociar a saída das mesmas com maior tranquilidade nas negociações que tem vindo a decorrer.
Este adiamento compromete o objetivo do empresário Miguel Horta e Costa, ex-sócio da agência publicitária MSTF Partners e filho do ex-presidente da PT, que, tal como avançou o “Expresso”, queria comprar a Starfoods, empresa de restauração que detém, entre outras marcas, a Loja das Sopas e a Companhia das Sandes.
Miguel Horta e Costa andava a tentar nas últimas semanas atrair outros potenciais investidores para entrarem em parceria no negócio, que está há mais de uma década nas mãos da Explorer Investments.
No final de 2019, o Fundo II da Explorer foi valorizado em 30 milhões de euros.
Na Assembleia Geral as únicas declarações contrárias vieram do advogado de Marco Lebre, antigo acionista da Explorer Investments, que não pode votar por conflito de interesse, uma vez que lidera um concorrente, a Crest Capital Partners. A segunda declaração foi da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que detém 0,04% do Fundo Explorer II.
O Fundo II, que foi fundado a 9 de abril de 2007, já deteve empresas como a Charon, Constantino, Gascan, Probos e Powervia.
Na área de private equity, a Explorer Investments detém ainda o Fundo III, que foi constituído em 2010 com um valor de 135 milhões de euros, e que tem uma expectativa de devolver aos acionistas 3x o capital investido. Atualmente, este fundo já devolveu 1,6X do capital investido com a venda das empresas Brandcare, Roq e Finieco. O fundo detém mais quatro empresas, a Totalmédia, Espaço Casa, Global Test e Grestel. A Explorer tem ainda um quarto fundo, o Fundo IV, que tem um objetivo de 100 milhões e que vai começar a fazer os primeiros investimentos.
A Explorer Investments foi criada em 2003 e detida pelos dois sócios fundadores Rodrigo Guimarães e Elizabeth Rothfield. A sociedade, que recebe fees de gestão, gere e assessora fundos com activos superiores a 1,4 mil milhões de euros, divididos em quatro áreas de Negócio: Private Equity, Capital de Expansão, Turismo e Imobiliário.
Notícia atualizada às 16h47
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