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Covid-19 poderá pesar 280 mil milhões de euros no comércio internacional

A China é o país mais afetado, com perdas de 168 mil milhões de euros, seguido da Itália com 19 mil milhões de euros. Os restantes países da Europa, estima-se que terão um impacto negativo nas exportações na ordem dos 95 mil milhões de euros.
Charly Triballeau/Agence France-Presse — Getty Images
9 Março 2020, 11h36

A influência para a economia do surto de coronavírus já supera o impacto económico da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Segundo as estimativas da COSEC (Companhia de Seguro de Créditos), o custo por trimestre será de 280 mil milhões de euros, com a expectativa de regresso à normalidade no final de maio.

As medidas de contenção postas em prática por vários países um pouco por todo o mundo tiveram um impacto nas tarifas de 0,7% e estima-se que, até ao final do primeiro trimestre de 2020, a percentagem possa subir até aos 6,5% em termos médios.

As consequências económicas do abrandamento significativo da procura por parte da China e da Europa devido ao surto de Covid-19, poderão ter um custo de 280 mil milhões de euros por trimestre. A China é o país mais afetado, com perdas de 168 mil milhões de euros, seguido da Itália com 19 mil milhões de euros. Os restantes países da Europa, estima-se que terão um impacto negativo nas exportações na ordem dos 95 mil milhões de euros.

Euler Hermes, acionista da COSEC, que elaborou o relatório, prevê que a redução do número de turistas vindos da China, Itália e dos restantes países europeus, tenha consequências diretas no abrandamento da economia, principalmente no setor dos transportes. Ao todo, as perdas em termos de oportunidade de exportação estima-se que sejam de 110 mil milhões e 29 mil milhões de euros por trimestre, neste setores.

Os números apontam também para uma recessão comercial em termos de volume, tanto no primeiro semestre (-2,5% face ao semestre anterior) como no segundo (-1%).

Ainda assim, apesar do cenário negativo, Euler Hermes estima que a retoma gradual da atividade em março e abril, ao mesmo tempo que prevê um regresso à normalidade até ao final de maio, com um crescimento médio anual na ordem dos 0,4%.

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