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PIB japonês pode reduzir 1,4% se os Jogos Olímpicos forem cancelados

O cancelamento daquele que é considerado o maior evento desportivo do mundo, implica perdas significativas para o Japão que investiu em várias infraestruturas desportivas e extras desportivas para acolher a edição de 2020.
10 Março 2020, 15h34

Caso o Comité Olímpico Internacional (COI) decida cancelar os Jogos Olímpicos deste ano, o país anfitrião poderá perder mais de 5,6 mil milhões de euros em consumo direto de todos os participantes. O impacto para o PIB japonês estima-se que seja de 1,4%, segundo o portal “Palco23”.

As estimativas são da autoria da SMBC Nikko Securities, que projetam que o consumo gerado pelos Jogos Olímpicos se situe nos 5,6 mil milhões de euros. O cancelamento daquele que é considerado o maior evento desportivo do mundo, implica perdas significativas para o Japão que investiu em várias infraestruturas desportivas e extras desportivas para acolher a edição de 2020.

Tendo em conta que o surto de coronavírus já obrigou ao adiamento e cancelamento de vários eventos no Japão, a SMBC estima que, caso a pandemia termine em abril e os Jogos Olímpicos não sejam cancelados, o impacto no PIB japonês será de 0,9% face ao ano anterior. Dentro desta perspetiva, o cancelamento das reservas no setor da hotelaria significaria uma queda de 14,9% nas receitas associadas aos jogos olímpicos.

O Japão investiu 11,3 mil milhões de euros para realizar os jogos olímpicos de 2020, verba que implicou vários ajustamentos económicos do governo nipónico durante três anos. No final, o governo conseguiu reajustar o orçamento inicial para menos 1,2 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que cumpriu antecipadamente o prazo para a construção das infraestruturas obrigatórias.

Os Jogos Olímpicos 2020 estão agendadas para acontecer entre 24 de julho e 9 de agosto, e o COI tem vindo a insistir que não haverá mudanças, sublinhando que está tudo preparado para que os jogos aconteçam. Ainda assim, o comité organizador mostrou-se disponível para adiar o início dos Jogos Olímpicos caso a pandemia de coronavírus for prolongada, já que no contrato está estipulado que o evento deve ser durante o ano, mas não é especificado que tenha de ser durante o verão.

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