A vitória nas primárias democratas para a corrida à presidência dos Estados Unidos está praticamente decidida: o ex-vice-presidente Joe Biden venceu no Michigan e está prestes, segundo a imprensa norte-americana, de vencer no Missouri e no Mississipi. As votações decorreram em seis estados no dia de ontem, naquele que foi o dia mais importante a seguir à Super terça-feira.
Michigan era o Estado que mais delegados elegia (125) e era aí que Bernie Sanders tinha esperança de poder ainda alterar o rumo das coisas: em 2016 a sua vitória ali significou uma injeção de credibilidade na sua campanha e foi um duro golpe para Hillary Clinton. Desta vez foi ao contrário – e mesmo o facto de Sanders ter acabado por perder contra quem não venceu em Michigan não parece ser algo a que a campanha do mais esquerdista dos candidatos democratas se possa agarrar como uma réstia de esperança.
A vitória de Biden no Mississippi (36 delegados), um Estado com uma alta taxa de população afro-americana, volta a demonstrar que a sua mensagem ‘entra’ bem nesse eleitorado – o que é de algum modo uma surpresa para os analistas, que consideravam que a mensagem e Sanders seria mais ‘audível’.
Na próxima terça-feira, Illinois (155 delegados) e Flórida (219), são os Estados que se seguem e, segundo os analistas , Biden terá por ali vantagem clara sobre a concorrência.
Será de recordar que Tulsi Gabbard ainda está na corrida – mas o problema parece ser que, nos Estados que foram a votos, ninguém parece lembrar-se disso!
Os analistas começam a afirmar que Biden tem cada vez mais hipóteses de vir a ser candidato democrata contra Donald Trump. É que, dizem, não só tem os seus apoiantes de sempre atrás de si, como capitaliza o descontentamento dos que, sendo apoiantes de Sanders, fizeram as contas e perceberam que Biden tem mais hipóteses de ganhar à recandidatura do presidente republicano.
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