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Engenheiros nos Estados Unidos desenvolvem tornozelo mecânico para melhorar a eficiência da corrida

O tornozelo mecânico reduz o custo de energia da corrida e permite que o utilizador corra por mais tempo do que normalmente é capaz, podendo inclusive aumentar a velocidade de um corredor até 10%.
26 Março 2020, 13h32

Engenheiros e investigadores da Universidade de Stanford nos Estados Unidos criaram um tornozelo mecânico com o potencial para se tornar um novo “meio de transporte” ao mesmo tempo que melhora a eficiência da corrida, com o objetivo de ajudar pessoas com problemas de movimentação, ou que tenham lesões naquela zona do corpo, segundo conta o “Engadget” esta quinta-feira, 26 de março.

Os engenheiros testaram uma plataforma de exoesqueleto mecânico que se prende em redor do tornozelo e do pé e descobriram que isso tornava a corrida 15% mais fácil, ou seja, os investigadores explicam que, quando o motor do exoesqueleto é ligado, ele reduz o custo de energia da corrida e permite que o utilizador corra por mais tempo do que normalmente é capaz. O dispositivo também pode aumentar a velocidade de um corredor até 10%.

O tornozelo mecânico funciona da seguinte forma: os motores puxam um cabo que passa pela parte traseira da plataforma, do calcanhar aos gémeos, puxa o pé para cima estendendo o tornozelo no final de cada passo.

Segundo Delaney Miller, membro da equipa de investigação, o tornozelo mecânico “retirou grande parte da carga de energia dos músculos nos gémeos. Era muito flexível e saltitante em comparação com a corrida normal. Falando por experiência própria, isto é realmente bom. Quando o dispositivo está a dar essa assistência, a pessoa sente que pode correr para sempre”.

A equipa de investigadores também tentou fazer, sem sucesso, com que o tornozelo mecânico imitasse o movimento de uma mola, uma vez que as nossas pernas comportam-se de maneira semelhante quando corremos.

Os engenheiros acreditam que o tornozelo mecânico e tecnologias semelhantes podem ser usadas para várias aplicações. Guan Rong Tan, outro membro da equipa, sugeriu que, no futuro, “podemos descer de um autocarro, colocar o tornozelo mecânico e percorrer os últimos três a quatro quilómetros para trabalhar em cinco minutos sem transpirar”.

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