Ursula von der Leyen alerta para a necessidade de não transformar a conferência sobre o futuro da Europa, num “exercício intelectual ou de compromisso político”. A presidente da Comissão Europeia (CE) marca presença no evento que decorre este domingo, 9 de maio, na cidade francesa de Estrasburgo.
“Esta conferência é para todos os europeus, para debater uma visão partilhada daquilo que queremos da União Europeia. Temos que assegurar que este não é um exercício intelectual ou de compromisso político. Temos que ouvir todas as vozes, sejam de críticas ou elogios e assegurar que acompanhamos e fazemos aquilo que for acordado”, afirmou.
A líder da CE avisou também que a Europa não deve subestimar o poder do bem que pode sair desta conferência para as pessoas individualmente e a sociedade no seu todo. “A União Europeia tem de ser aquilo que os europeus quiserem. Existem algumas dicotomias e questões que devemos tentar resolver. Alguns pensam que a Europa está demasiado envolvida nas suas vidas, para outros está demasiado distante. Os europeus devem tentar encontrar um equilíbrio justo”, salientou.
Outra das grandes preocupações manifestadas por Ursula von der Leyen são os efeitos causadas pela pandemia nos jovens, quer no presente, quer no seu futuro. “Esta pandemia roubou mais de um ano às suas vidas, experiências e emoções que todos os jovens precisam. Não podemos substituir o tempo perdido e que a pandemia roubou ao jovens, mas podemos pensar num resultado mais justo e de algo melhor que possamos construir com eles”, realçou.
Depois de ter participado na Cimeira Social, do Conselho Europeu informal e da reunião de líderes UE-Índia entre sexta-feira e sábado, a presidente da Comissão Europeia esteve este domingo, na cerimónia oficial de lançamento da Conferência sobre o Futuro da Europa.
O evento que decorre na cidade francesa de Estrasburgo junta também António Costa, enquanto presidente em exercício do Conselho da União Europeia (UE), o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli e o presidente francês Emmanuel Macron.
Prevista originalmente para ter início em maio de 2020 e durar dois anos, a conferência foi adiada não só devido à pandemia da covid-19, mas também a diferenças em torno do modelo de governação deste fórum, ultrapassadas apenas este ano, já durante a presidência portuguesa da UE, e prolongar-se-á até ao verão de 2022.
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