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Mariana Mortágua: “A discussão é sobre o que virá depois, seja quem for o ministro das Finanças”

“A ideia que o Governo tem reiterado de esperar pela confirmação da crise, é uma ideia perigosa. A crise já está confirmada e já sabemos que ela é grave. A única dúvida é saber quão grave será”, defendeu a deputada do Bloco de Esquerda.
14 Maio 2020, 17h18

Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, questionou o Governo sobre a resposta de médio e longo prazo à crise, nomeadamente que estratégia será seguida após o Orçamento suplementar que será apresentado em junho.

“A discussão não é sobre o Programa de Estabilidade, a discussão é sobre o orçamento suplementar que aí virá e o que virá depois desse Orçamento suplementar seja quem for o ministro das Finanças”, disse a parlamentar, numa intervenção no debate parlamentar sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, na Assembleia da República, nesta quinta-feira.

A deputada bloquista acrescentou que o que “preocupa” é “se o Governo tem uma resposta de médio e longo prazo para responder à crise que se avizinha e já está instalada”.

“A ideia que o Governo tem reiterado de esperar pela confirmação da crise, é uma ideia perigosa. A crise já está confirmada e já sabemos que ela é grave. A única dúvida é saber quão grave será”, acrescentou.

Mariana Mortágua defendeu que “não bastam as linhas de crédito numa economia que já está endividada. Não basta enviar milhares de trabalhadores para lay-off perpetuando e normalizando os baixos salários. É preciso estender os apoios sociais e já para garantir que ninguém entra na pobreza e para isso a proposta do Bloco de Esquerda para um subsídio extraordinário de desemprego e cessão de atividade”.

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