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DS Smith: 44% dos europeus têm dúvidas na hora de reciclar

Multinacional do setor do papel e dona da papeleira de Viana do Castelo quer aumentar a reciclagem e perceber de que forma poderá conseguir mais apetência dos consumidores por esse tipo de soluções.
21 Maio 2020, 22h39

Segundo um estudo da DS Smith, fornecedor líder de cartão ondulado com operações de reciclagem e fabrico de papel, sede em Londres e diversas operações em Portugal, 44% dos europeus admitem que nem sempre conseguem distinguir quando uma embalagem pode ou não ser reciclada.

Esta incerteza faz com que 46 milhões de toneladas (41%) dos resíduos potencialmente recicláveis acabem no contentor de lixo comum e, consequentemente, num aterro no final do processo. Este fenómeno pode ainda, segundo a empresa especifica em comunicado, ser agravado num contexto em que o comércio eletrónico apresenta um crescimento exponencial, representando já uma subida de 6% no valor médio de compras em Portugal, no início do mês de maio.

Para fazer face a esta incerteza no momento de reciclar, a DS Smith publicou os seus ‘Princípios de Design Circular’, “com o objetivo de ajudar as empresas a desenvolver embalagens tendo em conta a sua posterior reutilização e reciclagem, de modo a que se torne mais fácil para as pessoas fazer parte da economia circular. Estes princípios foram desenvolvidos em colaboração com a Fundação Ellen MacArthur, líder mundial em economia circular”.

Numa situação de dúvida sobre a possibilidade de reciclar determinada embalagem, 41% dos europeus preferem “agir pelo seguro” e acabam por colocar os resíduos num contentor de lixo comum. A falta de informação e a sua complexidade nas diversas embalagens é apontada como uma das principais razões para esta dificuldade. Assim, um total de 39% dos europeus admitiram ter colocado embalagens no lixo geral, quando achavam que poderiam ter sido recicladas, sendo que 24% revelaram como principal razão a falta de clareza do rótulo.

No estudo da DS Smith, estas pessoas são classificadas como “recicladores anti-risco”, destacando que metade da população europeia aumentaria os seus níveis de reciclagem, se a rotulagem de produtos fosse mais clara e evidente. Esta reciclagem “anti-risco” pode custar à economia 1.864 milhões de euros por ano.

Por outro lado, existem os “recicladores esperançosos”, que representam 27% dos europeus, que, perante a incerteza sobre se as suas caixas, garrafas e recipientes podem ser reciclados, colocam-nos no contentor de reciclagem, na esperança de terem feito o mais correto. Mais de metade (54%) das pessoas admitiram colocar, indevidamente, lixo na reciclagem e, entre elas, 38% justificaram esta ação pelo seu desejo de reciclar, apesar de não saberem qual o contentor correto.

Quase um terço da população europeia (29%) afirmou que já colocou algo nos contentores de reciclagem que ainda continha comida e bebida, o que contaminará a reciclagem. Além disso, um quinto (21%) dos europeus confessaram que raramente ou nunca verificam os rótulos antes de colocar um produto para reciclar No entanto, os dois grupos sofrem do mesmo problema, ou seja, regras de reciclagem pouco claras e informações complexas nas embalagens.

Neste contexto, os ‘Princípios de Design Circular’ da DS Smith visam não apenas facilitar a reciclagem mas evitar a geração de resíduos. Protegemos marcas e produtos; não usar mais material do que o necessário; eficiência do ciclo de fornecimento; manter os materiais de embalagem em uso; e encontrar uma melhor alternativas, são esses princípios.

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