Wall Street vai de fim de semana prolongado sem tendência definida. Depois de uma semana de ganhos expressivos, a bolsa de Nova terminou a sessão desta sexta-feira mista devido ao otimismo em torno de uma vacina para o novo coronavírus e ao ímpeto que voltou a ganhar a guerra comercial entre as duas maiores potências do mundo.
“O Senado norte-americano aprovou ontem um projeto de lei que obriga as empresas chinesas a cumprirem as regras contabilísticas dos Estados Unidos para se manterem em bolsa. Esse projeto precisa agora apenas de aprovação na Câmara dos Representantes e assinatura do presidente Trump”, explica André Neto Pires, analista da XTB.
Ademais, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusa Pequim de falta de transparência em relação à doença Covid-19.
Perante este contexto político-económico, os três principais índices bolsistas de Wall Street encerraram as negociações de hoje com comportamentos distintos. O Dow Jones – que subiu cerca de 3% ao longo da semana e estava a caminhar para o maior ganho semanal desde 9 de abril – perdeu 0,04%, para os 24.465,16 pontos, o financeiro S&P 500 subiu 0,26%, para os 2.956,20 pontos, e o tecnológico Nasdaq avançou 0,43%, para os 9.324,59 pontos. Já o Russel 2000 valorizou 0,16%, para os 1.352,75 pontos.
As ações da Foot Locker caíram 8,66%, para 26,84 dólares, depois de a empresa de roupa e calçado desportivo ter apresentado prejuízos nos primeiros três meses de 2020 e ter anuncia do a suspensão dos dividendos trimestrais.
Já os títulos da tecnológica HPE (Hewlett Packard Enterprise) perderam 11,40%, para 9,17 dólares, após a multinacional ter divulgado as contas do segundo trimestre do ano fiscal 2020. Penalizadas pela pandemia, as suas receitas líquidas diminuíram 16% em termos homólogos, para 6,01 mil milhões de dólares (cerca de 5,52 mil milhões de euros).
Por outro lado, a biofarmacêutica Moderna, que está a desenvolver uma vacina experimental (chamada mRNA-1273) contra o vírus SARS-CoV-2 subiu 2,67%, para 69 dólares. Em causa está o facto de o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci ter dito publicamente que a informação que tem sobre esse tratamento parecem “promissoras”.
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