A recuperação da economia portuguesa está em andamento, uma realidade que as projeções macroeconómicas anunciadas pela Comissão Europeia (CE) esta quarta-feira confirmam, afirmou o ministro das Finanças, João Leão, sublinhando que o Governo vai manter os apoios aos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19.
Bruxelas reviu em ligeira baixa esta quarta-feira a projeção para o crescimento da economia portuguesa este ano para 3,9%, mas sublinhou que a recuperação iniciada no atual trimestre com o aliviar das medidas de confinamento irá reconduzir a economia a níveis de pré-pandemia a meio de 2022, suportada também pelos fundos europeus de recuperação e resiliência.
O Ministério das Finanças realçou que “as projeções macroeconómicas e das finanças públicas da CE estão próximas das estimativas do Governo, confirmando a credibilidade do Programa de Estabilidade português”. Nesse documento, apresentado ao Parlamento a 15 de abril, o Governo socialista inscreveu uma projeção de crescimento de 4% este ano.
“Estamos a aproximar-nos a passos largos do fim do túnel. A recuperação está em andamento”, afirmou João Leão, no comunicado do ministério.
“Estou confiante que Portugal apresentará um crescimento muito forte. Não podemos agora perder o foco. Vamos manter os apoios para os setores mais afetados para assegurar uma recuperação inclusiva. A resiliência das nossas empresas e trabalhadores foi exemplar, e a recuperação rápida será prova disso”, adiantou.
O ministério realçou que apesar do confinamento generalizado e longo do primeiro trimestre, “os sinais de retoma já são evidentes e as previsões da Comissão confirmam um crescimento forte para a economia portuguesa”.
A CE prevê uma aceleração do crescimento para 5,1% em 2022.
“No conjunto dos dois anos, o desempenho da economia portuguesa será superior ao da média da área do euro, permitindo que Portugal retome o caminho de convergência iniciado em 2016”, vincou o ministério liderado por João Leão.
No mercado de trabalho, a CE estima uma estabilização da taxa de desemprego em torno de 6,8% em 2021 e uma redução para o nível de 2019 já em 2022 (6,5%), 1,3 pontos percentuais. abaixo da média da área do euro. A CE também espera que o emprego ultrapasse o nível pré-pandémico em 2022, após um crescimento forte acima da área do euro no conjunto dos dois anos.
“Estas estimativas da CE vêm confirmar a resiliência do mercado de trabalho português e a eficácia das medidas de apoio às empresas e proteção ao emprego”, conclui o ministério.
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