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André Ventura: Centeno ficará na história como “o ministro que fugiu quando mais precisávamos”

O deputado do Chega assumiu que é “irónico que Mário Centeno saia antes de ser aprovada a legislação que cria novas regras para a nomeação das entidades independentes”, sendo esta saída anunciada “minutos antes de ser aprovado a nova normativa” que estava a ser discutida. 
9 Junho 2020, 15h21

André Ventura, em representação do partido Chega, revelou que o partido está “surpreso por saber que Mourinho Félix, que estava a discutir connosco um projeto esta manhã, também está de saída”, indicou o deputado único do partido na Assembleia da República em reação ao anúncio da saída de Mário Centeno, Álvaro Novo e Mourinho Félix do ministério das Finanças.

O deputado único do Chega no Parlamento indicou que o ainda ministro das Finanças ficará na história como “o ministro que fugiu quando mais precisávamos”.

André Ventura assumiu que a saída de Mário Centeno da pasta das Finanças é um “desrespeito pela Assembleia da República”, uma vez que a saída do ainda ministro das Finanças era anunciada há várias semanas.

O dirigente partidário assumiu que é “irónico que Mário Centeno saia antes de ser aprovada a legislação que cria novas regras para a nomeação das entidades independentes”, sendo esta saída anunciada “minutos antes de ser aprovado a nova normativa” que estava a ser discutida.

“Fica muito mal ao Governo fazer um número”, referiu ainda o único deputado representativo do Chega no Parlamento. “Não se entende que Mário Centeno saia do Governo para o Banco de Portugal”, indicando que “andamos há meses a lutar para mais transparência, menos subordinação e mais independência”.

Assim, André Ventura sublinha que Portugal vai assistir “um ministro a transferir-se diretamente de supervisionar uma entidade para trabalhar nessa entidade”. O deputado questionou ainda onde estão as garantias de “independência e imparcialidade”.

“Parece-nos errado que depois de ser Ministro das Finanças durante uma legislatura inteira, depois de presidir ao Eurogrupo, abandone o cargo no momento em que mais precisamos dele”, sustentou o deputado, apontando que Centeno abandona o cargo num “momento de uma crise económica, sem precedente, vai afetar o país, numa descida do PIB sem predecentes e numa quebra de saldo orçamental sem precedentes”.

“É a mesma coisa que dizer sou muito bom quando as coisas correm bem mas quando correm mal vou-me embora e deixo isso para outros”, criticou o deputado do Chega, anunciando que “essa política é muito errada”.

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