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Não há crescimento da pandemia em Lisboa e Vale do Tejo, garante António Costa

O primeiro-ministro explicaou que o acréscimo de casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus na área metropolitana da capital nas últimas três semanas se ficou a dever à realização de testes massivos.
Omer Messinger/EPA
15 Junho 2020, 13h03

O primejro-ministro garantiu hoje, dia 15 de junho, que não existe qualquer crescimento da pandemia de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, explicando que o acréscimo de casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus na área metropolitana da capital nas últimas três semanas se ficou a dever à realização de testes massivos.

“Quando nós analisamos os resultados globais, temos de analisar também o número de testes realizado. Porque se eu não fizer testes, eu não tenho resultados positivos. Quanto mais testes eu fizer, maior probabilidade há de obter resultados positivos. Ora, Portugal, em teroms europeus, é o 4º país que mais testes realizou por milhão de habitantes. Portanto, quando comparamos os nosso números com os números dos outros, é preciso saber quantos testes é que os outros fizeram. E se fizermos essa comparação, verificará que nós temos das mais baixas taxas de positivos da Europa Ocidental em função do número de testes realizado”, garantiu António Costa em resposta a uma pergunta na sessão de questões que se seguiu à cerimónia de tomada de posse na nova equipa ministerial das Finanças.

“Se, relativamente à região de Lisboa em concreto, comparar a evolução do número de testes realizados em Lisboa e Vale do Tejo com a percentagem de casos positivos desde o início de março até agora, verificará que estamos sensivelmente estáveis, ou seja, não há um crescimento da pandemia em Lisboa e Vale do Tejo”, assegurou o primeiro-ministro.

No entender de António Costa, “há mais casos conhecidos”, “porque há mais testes realizados”.

“Ora, isto não indica que haja um descontrolo da situação, ou sequer um aumento da pandemia. O que se verifica é que há um melhor conhecimento da situação e temos uma realidade que é essencialmente estável. E porque é que temos um maior número de testes? Porque, como sabe, há três semanas, nós reorientámos a estratégia na região de Lisboa e Vale do Tejo, porque verificámos que havia alguns focos, para fazer testes massivos e, alguns setores de atividade, sobretudo trabalhadores que trabalham por conta de empresas de trabalho precário e, em segundo lugar, em trabalhadores da construção civil”, explicou o chefe de Governo.

Segundo o primeiro-ministro, “isso permitiu-nos, com esse trabalho, muito focado, ou em alguns concelhos, ou em algumas freguesias e bairros desses concelhos, esses testes massivos permitiunos ter um maior conhecimento e isolar mais precocemente pessoas que pudessem estar infetadas”.

“É isso que tem justificado o facto de, enquanto em todo o país termos um baixíssimo número de novos casos, termos em Lisboa uma grande concentração. Mas isso não resulta de um descontrolo da pandemia, pelo contrário, é um trabalho que tem sido feito de saúde pública, muito importante para identificar e isolar os focos, que é a melhor forma de prevenir a sua disseminação”, garantiu António Costa.

O primeiro ministro assinalou ainda que, “como sabemos, quando falamos de Lisboa e Vale do Tejo é um exagero em relação à área metropolitana, mas mesmo em relação à realidade da área metropolitana é um exagero relativamente a quatro concelhos onde há maior incidência, mas como é sabido, são incidências na casa de 4% a 5%”.

“Portanto, relativamente a esta matéria, estaria preocupado se não estivesse consciente que isto é o resultado, não daquilo que são os números gerais, que resultam de pessoas que se sentem assintomáticas, são testados, dão positivos, e depois são testados quem está na sua envolvente, antes pelo contrário, isto é o resultado do esforço proativo das autoridades para identificar e isolar pessoas que estão doentes e é neste quadro que temos de compreender esta realidade”, assinalou o chefe de Governo.

António Costa concluiu: “por isso, eu diria, estou menos preocupado porque senti que as autoridades estão a fazer aquilo que devem fazer, que é serem proativas para tentar isolar casos o mais cedo possível”.

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