São conhecidos esta quarta-feira os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o desemprego em Portugal no segundo trimestre do ano. A divulgação tem sido bastante aguardada, dado o contexto de pandemia que se vive e o impacto profundo que esta teve no mercado de trabalho, tanto no nível do emprego de quase todas as economias mundiais, como na forma como este se organiza.
Apesar do contexto adverso em que se encontra a economia portuguesa, os efeitos na taxa de desemprego não se fizeram sentir como alguns adivinhariam. No último trimestre, a taxa registada pelo INE foi de 6,7%, a mesma que no último trimestre de 2019.
Na realidade, grande parte do impacto no mercado de trabalho traduziu-se na destruição de postos de trabalho e num sub-emprego galopante, que reflete o recurso em massa aos regimes de layoff simplificado. Nestas condições, os trabalhadores não contam como desempregados e, portanto, não se verifica um aumento na taxa de desemprego. Também trabalhadores em confinamento ou a cuidar dos filhos em casa deixam de poder procurar ativamente um emprego, pelo que são contabilizados como inativos.
Dados provisórios divulgado esta semana pelo Eurostat apontam para uma taxa de desemprego de 7% na economia nacional. Já o Banco de Portugal, no seu Boletim Económico de junho, previa que o ano terminasse com 10,1% de taxa de desemprego, alertando, no entanto, para o efeito mitigador neste número das medidas de apoio ao emprego, nomeadamente o regime de layoff.
Esta semana, além dos dados do Eurostat, foram conhecidos os números do desemprego em Espanha, que, apesar de ter verificado uma pequena descida, regista a maior taxa da UE (15,33% no segundo trimestre de 2020). Espanha é o maior parceiro comercial português. Também os EUA apresentarão os números relativos ao desemprego em julho esta sexta-feira.
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