O Presidente da República apelou esta sexta-feira a que o Orçamento do Estado (OE) seja aprovado numa altura em que o interesse nacional se sobrepõe a quezílias partidárias, dada a situação pandémica que o país vive, a crise social que atravessa e a aproximação das eleições presidenciais, que impediriam o PR de dissolver o Parlamento caso se desse uma crise orçamental e política.
Falando aos jornalistas em S. Brás de Alportel, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, enquanto líder de bancada da oposição ao Governo de António Guterres, viabilizou três Orçamento do Estado, apesar de uma parte do seu partido se ter oposto à decisão.
“Para mim é óbvio que tem de ser viabilizado o OE. Não me passa pela cabeça que, num momento em que a pandemia pode estar em números muito altos, em que a crise económica e social pode estar agravada, em que é fundamental recebermos e utilizarmos bem o dinheiro europeu e estamos prestes a receber a Presidência da União Europeia, seja chumbado o OE”, apelou o presidente.
Ainda assim, o PR recusou atribuir responsabilidades pela aprovação do documento, falando em “bom senso”. “Acho que o normal, em Portugal, é que haja um governo apoiado pela esquerda (…), mas, no caso do OE, se não for possível haver esse apoio natural à esquerda, a oposição pensará aquilo que eu pensei na altura”, lembrando os seus tempos de líder de bancada social-democrata.
Marcelo comentou ainda os indicadores económicos provisórios deste ano, salientando que “está aberto um leque muito grande de possibilidades para o défice”, considerando o aumento da despesa e a diminuição de receita que trouxe a pandemia. O Presidente da República salientou ainda que, apesar do crescimento do número de desempregados, dependerá da “resposta económica e social haver mais” pessoas em tal situação.
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