O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a projeção para a quebra na economia portuguesa este ano devido à pandemia de Covid-19, com uma recessão recorde de 10%, face aos anteriores 8% e aos 8,5% projetados pelo Governo no Orçamento de Estado para 2021 (OE2021).
No World Economic Outlook, divulgado esta terça-feira, a organização de Bretton Woods não explicou as razões pela revisão em baixa. Da mesma forma que o FMI vê uma recessão mais severa que o Governo, também prevê uma recuperação mais forte, de 6,5%, o que compara com os 5,4% que constam no proposta de OE2021 entregue esta segunda-feira ao Parlamento pelo ministro das Finanças, João Leão.
A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê uma recessão global de 4,4% em 2020 e uma expansão de 5,2% no próximo ano. Para a zona euro a estimativa é de uma recessão mais profunda, de 8,3%, mas que deverá levar também a uma recuperação mais forte, na ordem dos 5,3%.
O FMI vê a economia espanhola a ter uma quebra de 12,8% este ano, e a italiana de 10,6%. As duas deverão recuperar em 2021, na ordem dos 7,2% e 5,2%, respetivamente.
No mercado de trabalho em Portugal, a organização internacional projeta uma taxa de desemprego de 8,1% este ano e de 7,7% no seguinte, o que compara com as projeções governamentais de 8,7% e 8,2%, respetivamente.
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