A Iniciativa Liberal apresentou este domingo, 23 de maio, Bruno Horta Soares como o candidato à Câmara Municipal de Lisboa, liderando a sua candidatura com o mote “Está na hora de libertar Lisboa”, referindo-se ao Partido Socialista.
“Estou aqui porque acredito, tal como muitos de vocês acreditam, que, se tivermos iniciativa ao longo da vida, podemos construir um capital de confiança e de competência que temos o dever de colocar ao serviço dos outros quando é necessários”, sustentou Bruno Horta Soares durante a sua apresentação, acrescentando que “podemos viver num Portugal mais liberal, com mais liberdade e responsabilidade na política, na economia e na sociedade”.
Ao lado do candidato, a Iniciativa Liberal apresentou ainda Ana Pedrosa-Augusto, Miguel Ferreira da Silva, Rodrigo de Mello Gonçalves e Angélique da Teresa como candidatos à autarquia.
No seu discurso, o cabeça de cartaz da Iniciativa Liberal não poupou críticas ao atual presidente da Câmara. “O Partido Socialista tem mostrado que é forte, muito forte, a avençar os seus militantes, mas não consegue avançar Lisboa”, lançou. “Em dez anos, Lisboa perdeu quase 10% da população residente, continua uma cidade envelhecida e os jovens qualificados continuam a emigrar para Madrid, Dublin, Londres ou Amesterdão, onde as oportunidades profissionais permitem verdadeiramente mudar de vida”, disse.
Ana Pedrosa-Augusto, número dois da lista à autarquia da capital, defendeu que “Lisboa tem de continuar a aspirar a ser uma grande cidade”. “Ser uma das melhores capitais europeias, ser uma metrópole cosmopolita, liberal, com toda a diversidade do mundo. Quanto mais atividade económica houver, quanto mais dinâmica fazedora existir, mais progresso vai existir e todos nós vamos beneficiar deste progresso”, referiu.
O candidato criticou ainda a carga fiscal imposta aos lisboetas. “A receita fiscal em Lisboa é elevada sem que se verifique na prática resultados condizentes, ficando evidente que parte substancial do esforço fiscal dos que moram em lisboa serve para alimentar o monstro burocrático que é a CML”.
“Conheço o que de pior pode acontecer a uma cidade que não se prepara para um futuro cada vez mais incerto e cheio de ameaças, mas também conheço as oportunidades fantásticas que existem para transformar a experiência de vida daqueles que moram, trabalham ou visitam Lisboa”, referiu, tendo em conta a sua experiência na área da transformação digital.
No seu programa eleitoral, o candidato sustenta “reduzir todos os impostos, taxas e taxinhas”, sendo que “o aumento da devolução do IRS para 5% será logo a primeira”. Horta Soares defende ainda uma “colaboração entre o sector público, empresas, terceiro sector e cidadãos à frente de leis obscuras e procedimentos caducos”.
O candidato pretende ainda, caso ganhe, garantir estacionamento sempre disponível para as famílias que vivem em Lisboa, com sensores e tarifação inteligente, eliminando grande parte do stress e do trânsito visível na cidade.
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