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Pandemia e aceleração digital obrigam a adaptação das entidades de saúde, mas são oportunidade de desenvolvimento

Na Semana da Responsabilidade Social, este ano dedicada à sustentabilidade, a Accenture expôs as suas expetativas para o futuro depois da Covid-19, considerando a transição digital a que esta forçou e alterações na vida social diária.
18 Novembro 2020, 12h55

O chamado “novo normal”, a mudança de paradigma que trouxe a crise pandémica e as restrições ao movimento e contacto social, constitui uma oportunidade para as organizações de saúde desenvolverem os seus serviços de prestação de cuidados médicos, defende a Accenture.

A ideia foi exposta na Semana da Responsabilidade Social, evento do qual o JE é media partner, onde a consultora organizou um evento sobre “Inovação e tendências sustentáveis na saúde”.

Para a Accenture, quando estiver ultrapassada a crise, “a mudança digital será ainda mais rápida”, pelo que urge o investimento em técnicas mais inovadoras e disruptoras. Assim o afirmou Sónia Santos, Associate Director na área de Saúde e Administração Pública da Accenture Portugal, que aproveitou a apresentação para abordar os três eixos principais para a nova abordagem da empresa.

Em primeiro lugar, a consultora identifica os cuidados de saúde como o primeiro foco da inovação e digitalização das operações das entidades ligadas ao setor.

Dadas as tendências recentes de desmaterialização e acompanhamento não presencial, comprovadas pelo aumento das consultas online, por exemplo, que passaram de 30% para 56% este ano, a consultora defende um equilíbrio entre presencial e digital com fortes componentes de telemedicina. Além disso, estas novas técnicas permitem, como afirma Sónia Santos, “envolver os doentes nas decisões, fazendo com que o paciente se sinta parceiro do médico”.

Em segundo lugar, há a necessidade de ligar os recursos da comunidade aos cidadãos, com maiores preocupações com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, sobretudo na área da saúde mental. Isto inclui a relação da sociedade com a autoridade, que a pandemia tem também alterado bastante.

Por fim, a nova organização do trabalho será outro dos eixos principais desta transformação, dada a proliferação do teletrabalho desde a chegada da Covid-19. Assim, há que “promover o trabalho de forma mais adaptada”, com equipas clínicas mais ágeis e híbridas entre presencial e remoto.

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