As vacinas da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 estão previstas para chegar ainda este mês, com o calendário de vacinação a ter inicio no dia 27 de dezembro. O primeiro lote de vacinas será de 9.750 unidades e irá priorizar os profissionais de saúde, uma vez que são “aqueles que na primeira linha nos poderão ajudar melhor a proteger os restantes”, afirmou Marta Temido, esta quinta-feira, em conferência de imprensa depois da reunião de trabalho sobre o Plano de Vacinação contra a Covid-19, que decorreu esta manhã no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
“[O dia de] autorização para a introdução da vacina no mercado, para que possa chegar ao nosso país ainda antes do Natal, de acordo com a própria empresa farmacêutica, é a 26 de dezembro”, anunciou garantido que o processo de vacinação, estará alinhado alinhado com os outros países da União Europeia e que por isso vai arrancar entre 27 e 29 de dezembro.
A ministra da Saúde adiantou ainda que, a 4 de janeiro, chegarão cerca de 303 mil doses, em fevereiro serão 429 mil doses e 487,500 doses em março.
“Em janeiro devem ser administradas 312.975 doses. Este valor é inferior àquele que que inicialmente tínhamos previsto, na medida em que a [Pfizer] alterou aquilo que são as suas possibilidade de distribuição para todos os países europeus”, esclareceu.
Durante as apresentação da versão atualizada do plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, a responsável pela pasta da Saúde adiantou que a vacina da Moderna tem previsão para ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) a 12 de janeiro, sendo que as restantes (AstraZeneca/Oxford, Johnson&Johnson e Curevac) encontram-se ainda em avaliação clínica.
Ainda assim, a farmacêutica e universidade britânica deverão enviar para Portugal mais de 1.400 mil doses no primeiro trimestre de 2021, enquanto que a Moderna prevê distribuir no território nacional 227 mil doses durante o próximo ano.
De forma geral, a ministra de Saúde mostra-se otimista quanto ao arranque desta operação que será a nível europeu:
“É evidente que estamos a falar de um processo exigente e novo, na medida em que se reveste de uma expectativa diferente das demais vacinas e que estamos a acompanhar com todo o rigor”, respondeu aos jornalistas.
“O que lhe posso dizer é que os serviços desenvolvidos, quer do Ministério da Saúde quer de outras áreas sectoriais, nos permitem confiar em que será um processo que correrá bem e contará com o envolvimento dos portugueses que podem ter confiança na sua vacinação”, acredita Marta Temido.
Grupos prioritários não sofrem alterações
Embora os profissionais de saúde sejam priorizados para ser vacinados já este mês, os grupos prioritários, anunciados previamente, não vão sofrer qualquer alteração, esclarece Marta Temido.
“[O que ficou definido é que] Esta primeira fase iria abranger os profissionais de estruturas residenciais para idosos, os profissionais de saúde, os residentes destas estruturas para idosos e depois as pessoas que, com mais de 50 anos, reúnem uma ou mais de várias patologias. Essa definição de grupos prioritários mantém-se”, esclareceu durante a conferência de imprensa.
“O que fizemos foi a identificação de um subgrupo para este primeiro lote de vacinas que ainda nos chegará ainda este ano. Em Janeiro, iremos continuar a vacinar de acordo com esta identificação previamente realizada”, detalha a ministra da Saúde.
Esta revisão do plano de vacinação contra a Covid-19 no território nacional chega momentos depois de Ursula von der Leyen ter anunciado, na rede social Twitter, que os 27 Estados-Membros têm ‘luz verde’ para começar a vacinar entre 27 a 29 de novembro.
“É o momento da Europa”, afirmou a responsável. “No dia 27, 28 e 29 de dezembro, a vacinação começa por por toda a Europa”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, esta manhã.
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