Conteúdo, comércio, comunidade, contexto, personalização e pesquisa vertical estas são as palavras chave do e-commerce em 2018. A ACEPI – Associação da Economia Digital, juntamente com a análise dos resultados alcançados pelo e-commerce em Portugal em 2017, avançou o conjunto das principais tendências para 2018 neste universo.
A 4ª década digital é dominada pela explosão da utilização da internet (nomeadamente através dos smarthphones ) e das redes sociais à escala global, o que resultou num crescimento exponencial do comércio eletrónico em todo o mundo. Os mais diversos modelos são hoje usados pelas empresas para vender a outras empresas (B2B), aos consumidores (B2C), e até ao Estado (B2G).
As maiores disrupções nos modelos de negócio tradicionais provocadas pela digitalização centram-se sobretudo na experiência do cliente, já que as novas tecnologias digitais impulsionaram mudanças significativas na forma como os consumidores comunicam entre si, efetuam transações comerciais e interagem com marcas e empresas.
Para além do novo perfil emergente dos consumidores 4.0, o qual, segundo sublinhou Alexandre Nilo Fonseca, presidente da direção da ACEPI, irá “consolidar-se acentuadamente em 2018”, o e-commerce irá também refletir a rápida transformação digital dominada pela cloud, pelo mobile, pela big data e pelas redes sociais que está a ocorrer de forma transversal em toda a economia e onde os aceleradores tecnológicos da inovação, tais como o IoT, a IA, a Realidade Virtual e o Block Chain, têm um papel cada vez mais relevante.
Assim, a quem busca o sucesso no capítulo da digitalização em 2018, a ACEPI sugere que assuma como prioridades: “novas audiências e fontes de receita; novos modelos de negócio; desenvolvimento de produtos e serviços centrados nos clientes; CRM; estratégia opticanal; eficiência operacional; novas competências de recursos humanos e talentos, bem como considerar novos canais de distribuição”.
Para este ano, antevê que se assista a uma consolidação da realização da experiência do e-commerce através de vários dispositivos, sendo que a compra pode ser iniciada num dispositivo móvel e concluída num desktop ou vice-versa (showrooming e webrooming). Haverá também uma presença crescente em várias plataformas, através das Apps e das API’s.
Assim sendo, a abordagem das empresas aos novos modelos de negócio “terá necessariamente” que contemplar além do online, as redes sociais, o móvel, e as lojas físicas (cuja tendência é para se tornarem cada vez mais em showrooms). “Neste contexto, é preciso conhecer profundamente o consumidor, impulsionar melhores recomendações, utilizar sistemas de previsão rigorosos e abrangentes, e retirar partido dos benefícios oferecidos pela Big Data”, frisa o responsável.
Importa ainda reter que quem compra quer poder comprar em todos os canais, da mesma forma, os mesmos produtos e ter ao seu dispor o mesmo tipo de serviços de atendimento, de pagamento e de entrega. Logo, o caminho dos novos modelos centram-se na capacidade dos retalhistas em oferecer experiências cada vez mais personalizadas, consistentes e coerentes em todos os seus canais aos seus públicos alvo, de modo a conseguirem aumentar os níveis de fidelização e aumentarem as receitas. O que se traduz na necessidade de apostar em plataformas escaláveis e abertas e na presença em múltiplos canais, no momento certo, no local certo (o designado, “optichannel”).
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