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BCE comprou 489 milhões de euros em dívida portuguesa em fevereiro

Depois de em janeiro (primeiro mês do novo modelo do programa), Portugal não ter sido penalizado de forma significativa pela redução da compra de ativos, em fevereiro até aumentou.
Axel Schmidt/Reuters
5 Março 2018, 14h47

O Banco Central Europeu (BCE) comprou 489 milhões de euros em dívida pública portuguesa, em fevereiro. No segundo mês do modelo reduzido de compra de ativos da zona euro, a diferença continuou a não ser significativa face ao que o BCE adquiria no ano passado.

O valor das Obrigações adquiridas em fevereiro, conhecido esta segunda-feira, compara com os 461 milhões de euros em títulos nacionais, adquiridos em janeiro.

Lançado em março de 2015 para estimular a inflação e o crescimento económico na zona euro, o programa já levou o BCE a adquirir 32.014 milhões de euros de dívida portuguesa. No total dos países do bloco, a instituições comprou 1,97 biliões de euros.

O facto de o BCE se ter colocado no mercado como grande comprador de dívida pública e privada tem permitido aos Estados financiarem-se com taxas reduzidas. No caso de Portugal, tem sido um dos contributos (acompanhado da retoma da economia nacional e europeia, bem como das subidas no rating) para reduzir as yields das obrigações no mercado secundário para perto dos 2%.

No entanto, o programa aproxima-se do fim. Janeiro foi o primeiro mês do novo modelo do programa, com um valor mensal da compra de ativos da zona euro reduzido para 30 mil milhões (metade do montante de aquisições mensais até ao final de 2017). Este está planeado, neste momento, até setembro de 2018.

Mario Draghi continua, apesar disso, a afirmar a necessidade do programa de estímulos monetários dado que a inflação na zona euro continua a falhar a meta da instituição (próxima, mas abaixo de 2%).

Esta quinta-feira, há uma nova reunião em que o Conselho de Governadores irá debater a política monetária da zona euro. Não são esperadas alterações às taxas de juro de referência (atualmente em mínimos históricos), mas Draghi poderá dar novas indicações sobre o caminho para o fim do programa.

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