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Carga nos portos do continente cai 8% até fevereiro interrompendo crescimentos desde 2012

Os portos do continente movimentaram 14,7 milhões de toneladas de carga até fevereiro, uma diminuição homóloga de 8%, interrompendo “um ciclo de variações positivas” desde 2012, divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
2 Abril 2018, 10h24

Os portos do continente movimentaram 14,7 milhões de toneladas de carga até fevereiro, uma diminuição homóloga de 8%, interrompendo “um ciclo de variações positivas” desde 2012, divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

“Os primeiros dois meses de 2018 vieram confirmar a tendência negativa que se verificou em janeiro”, refere a AMT em comunicado, acrescentando que, no conjunto dos dois primeiros meses deste ano, “os portos comerciais do continente movimentaram 14,7 milhões de toneladas, menos de 1,28 milhões de toneladas face a igual período de 2017”.

Ou seja, “esta diminuição do volume de carga reflete uma quebra de 8%, interrompendo um ciclo de variações positivas que se têm vindo a verificar desde 2012 e que atingiram o seu auge no ano de 2017, registando a melhor marca de sempre”, salienta.

A AMT refere que o resultado obtido no final de fevereiro “é demonstrativo da conjugação de desempenhos distintos dos vários portos, em especial de Leixões e Aveiro, que registaram o volume de carga mais elevado de sempre nos períodos homólogos, após acréscimos respetivos de 5% e 21,6%”.

Os portos da Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal “também registaram desempenhos positivos, após terem apresentado em janeiro/fevereiro de 2018 variações de 26,4%, 3,9% e 3,3%, respetivamente”.

No caso de Sines, este registou uma queda de 19,1%, o que corresponde a uma diminuição de 1,7 milhões de toneladas, “absorvendo, por completo, o somatório das variações positivas registadas”.

A AMT sublinha que os dois primeiros meses do ano estão a ser comparados com igual período de 2017, “no qual Sines registou um notável pico de atividade”, pelo que “o comportamento deste porto reflete provavelmente um regresso à trajetória normal, a que reporta a um crescimento global de carga de 8,2% e 20,2% na carga contentorizada, quando comparado aos valores homólogos de 2016”.

No caso de Sines, apesar de ter perdido 6,9 pontos percentuais, “mantém a maioria absoluta (que havia perdido em janeiro deste ano), com uma quota de 50,1%”, adianta a AMT.

“Na redução do peso relativo do volume de carga movimentada, Sines é apenas acompanhado pelo porto de Faro, que cai ligeiramente para um valor simbólico inferior a 0,1%. Todos os outros portos reforçam as respetivas quotas, com destaque para Leixões, que sobe 2,6 pontos percentuais para 20,8%, e Lisboa e Aveiro, que ganham 1,5 pontos percentuais para 12,8% e 6,1%, respetivamente”, acrescenta.

No que respeita à escala de navios de diversas tipologias, “os portos em análise registaram nos primeiros dois meses deste ano um total de 1.691 escalas, mais 3,2% face ao período homólogo de 2017, correspondente a uma arqueação bruta de 29,7 milhões, menos 1,3% face a igual período do ano anterior”, refere a ANT.

A maioria dos portos, com exceção de Sines e Faro, registou um aumento do número de escalas, tendo Aveiro, Douro e Leixões, Setúbal e Lisboa sido responsáveis pelos aumentos mais significativos, com variações positivas de 10,9%, 3,6%, 5,1% e 2,7%, respetivamente”.

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