A AGERE, Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, acaba de lançar no Concelho de Braga um sistema inovador e único em Portugal para a recolha de resíduos sólidos urbanos. O novo sistema, que representou um investimento de cerca de 6,2 milhões de euros, permite realizar de uma forma mais rápida, mais eficaz e mais sustentável a recolha de resíduos urbanos. Trata-se de um sólido investimento na modernização do sistema de recolha, com benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública da população.
“A introdução deste novo sistema, que não terá qualquer impacto na tarifa paga pelos cidadãos, só foi possível devido à gestão rigorosa da AGERE nos últimos anos. O investimento realizado coloca o concelho de Braga na vanguarda internacional da recolha de resíduos. Permite, ainda, melhorar a eficiência e a qualidade do serviço, assim como as condições de trabalho dos nossos colaboradores”, referiu Rui Morais, presidente da AGERE.
Para além do investimento de 6,2 milhões de euros, a AGERE vai ainda investir mais cerca de um milhão de euros em sistemas complementares de separação de resíduos urbanos biodegradáveis, designados por lixo orgânico, na zona do centro histórico da cidade.
Por sua vez, Ricardo Rio, presidente do município de Braga, destacou que “este é o resultado claro de uma política cada vez mais amiga dos cidadãos e do ecossistema em que vivemos. Temos vindo a marcar a diferença na nova forma de governação da cidade, com a AGERE a prestar um serviço social público relevante e ajustado às necessidades da população e com investimentos coerentes com uma cidade de referência europeia que hoje somos”. O autarca salientou ainda que “existem lacunas num sistema que está instituído há várias décadas em Braga, designadamente a colocação do lixo doméstico no chão das ruas da cidade. Vamos avançar com este importante projecto de colocação de contentores subterrâneos para resíduos domésticos no centro de Braga, algo que nenhum anterior Executivo achou preocupante, uma vez que nada foi feito no passado para inverter essa situação e com isto mantermo-nos uma cidade de referência também a este nível”.
Parte do investimento foi canalizado para a aquisição de superestruturas de recolha e de lavagem de contentores, que permitem concretizar o processo em pouco mais de um minuto. Com sistema automático integrado, utilizam a tecnologia de infravermelhos para detetar e manejar os contentores sem que seja necessário o condutor sair da viatura.
Este novo sistema de recolha de resíduos, inovador e único em Portugal, vai ser implementado em todo o concelho e freguesias de forma faseada, num processo em que foram criados três anéis/áreas, com benefícios equivalentes para todas elas. O primeiro anel, localizado no centro da cidade, onde predomina o comércio tradicional e restauração, com baixa densidade populacional e vias mais exíguas e de tráfego condicionado, sendo que vão ser distribuídos pelos comércios de hotelaria e restauração contentores de 120 litros de capacidade, destinados à fração orgânica e definidos locais de deposição diária.
No segundo anel, que diz respeito à zona envolvente ao casco histórico, zona de forte densidade populacional e que corresponde a 11% do concelho, onde habitam cerca de 100 mil bracarenses, ou seja, 55% do total da população. Nesta zona será substituído o modelo de colocação de sacos na rua, eliminando-se completamente o impacto ambiental e visual negativo. Serão instalados, na primeira fase, um milhar de equipamentos de deposição de grande capacidade, mais concretamente 200 contentores en- terrados de 5 mil litros, 200 contentores de superfície de 3 mil litros, e ainda 600 contentores de 3.750 litros.
O terceiro anel corresponde à área periurbana do concelho, de menor densidade populacional. Nesta zona o novo sistema vai focar-se na acessibilidade dos munícipes e não nas necessidades de deposição em termos de quantidade, pelo que a opção tomada passa pela aquisição de 3.400 contentores de superfície com 1.100 litros de capacidade, para complementar os actuais 570 contentores de 800 litros já instalados.
Com o novo sistema, o lixo passa a ser depositado em contentores, substituindo o modelo de colocação de sacos na rua e eliminando assim este impacto negativo ambiental. Será também possível a colocação do lixo a qualquer hora do dia, sem constrangimentos de horário, e os contentores vão estar a uma distância máxima de 100 metros de cada casa. Recorrendo a viaturas específicas, os mesmos serão lavados e higienizados, regularmente, no próprio local.
O novo sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos indiferenciados está a ser implementado de forma faseada pela AGERE em todo o concelho de Braga, sendo adaptado às características de cada zona, nomeadamente os acessos e a densidade populacional.
Para 2018, a AGERE prevê ainda investir cerca de 1 milhão de euros em sistemas complementares, tais como a separação de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) no centro histórico.
A AGERE é detida maioritariamente pela Câmara Municipal de Braga e conta com um acionista privado, a empresa Geswater, que detém 49% do capital. Trata-se de uma das únicas empresas que trabalha transversalmente todo o ciclo urbano da água, abastecimento de água e drenagem de águas residuais (em alta e em baixa) e os resíduos urbanos. Em 2017 apresentou índices de desempenho superiores às outras entidades do país, com um lucro de cerca de 6 milhões de euros. Nos últimos dois anos conseguiu uma redução de 2,5% nas tarifas pagas pelos consumidores em cada um desses anos.
Pelo trabalho desempenhado na redução de perdas de água, a AGERE foi reconhecida pela APDA com a atribuição do prémio Tubos de Ouro pela melhor ação em prol da redução de perdas da água (27,3% em 2012 –13,88% em 2017).
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