O presidente executivo do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, alertou que a economia dos EUA e global estão a enfrentar uma mistura “muito, muito séria” de ventos contrários que provavelmente provocará uma recessão em meados do próximo ano.
“Não podemos falar sobre a economia sem falar sobre coisas no futuro. Estas são coisas muito, muito sérias que acho que provavelmente vão pressionar os EUA e o mundo e colocá-los nalgum tipo de recessão daqui a seis a nove meses”, disse Jamie Dimon citado pelo “The Guardian”.
Dimon referiu os efeitos da inflação descontrolada, aumentos acentuados das taxas de juros e a guerra da Rússia na Ucrânia como fatores de risco e apontou, que a apesar do que prevê, os “consumidores provavelmente vão estar em melhor forma em comparação com a crise financeira global de 2008”.
O CEO do JP Morgan também disse que o Fed dos EUA “esperou demais e fez muito pouco”, dado que a inflação saltou para níveis máximos dos últimos 40 anos. “A partir daqui, vamos todos desejar a ele [presidente do Fed Jerome Powell] sucesso e manter os nossos dedos cruzados para que eles tenham conseguido desacelerar a economia o suficiente para que seja leve”, destacou.
Esta não é a primeira vez que Dimon alerta para uma recessão. Em junho, o líder do JP Morgan disse que estava a preparar o banco para um “furacão” económico. O JP Morgan, assegurou que estava “a preparar-se e seria muito conservador com o nosso balanço”.
Esta terça-feira prossegue a reunião anual do FMI com o Banco Mundial. Na segunda-feira, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, frisou que o risco de uma recessão mundial subiu e que o mundo entrou agora numa época de “fragilidade e volatilidade”. “Calculámos que cerca de um terço da economia mundial tenha pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo este ano ou no próximo ano”.
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