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Abusos sexuais na Igreja. “Número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade”, diz Marcelo

“O Presidente da República sublinha, mais uma vez, a importância dos trabalhos desta Comissão, muito embora lamente que não lhe tenham sido efetuados mais testemunhos”, é possível ler-se no site da presidência.
Rodrigo Antunes/Lusa
12 Outubro 2022, 10h07

Depois das suas declarações que desvalorizavam o número de vítimas que tinha apresentado queixa por abusos na Igreja, foi divulgada uma nota no site da presidência que dá conta que o “número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade”.

“O Presidente da República sublinha, mais uma vez, a importância dos trabalhos desta Comissão, muito embora lamente que não lhe tenham sido efetuados mais testemunhos, pois este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo Mundo”, é possível ler-se na nota da presidência.

Marcelo aponta que existem “vários relatos falam em números muito superiores em vários países, e infelizmente terá havido também números muito superiores em Portugal”. “O Presidente da República espera que os casos possam ser rapidamente traduzidos em Justiça”, acrescentou.

O Chefe de Estado garante ainda que, “tal como fez no início de setembro, transmitindo imediatamente à PGR a denúncia que recebeu, continuará a promover e apoiar todos os esforços para que os abusadores sejam responsabilizados e afastados de qualquer situação que possa permitir a reincidência nestes comportamentos, seja no seio da Igreja Católica, ou em qualquer outra situação”.

Na segunda-feira a Comissão criada pela Igreja Católica revelou que recebeu 424 queixas até ao momento. Quando confrontado com esta realidade, Marcelo respondeu que “haver 400 casos” não lhe parecia “particularmente elevado”.

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