Em causa estão várias denúncias de operações ‘stop’ nas estradas brasileiras, sobretudo no nordeste do país. Estas ações, levadas a cabo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) terão impedido ou dificultado a circulação dos eleitores, num dia em que, por decreto, os transportes públicos são gratuitos para garantir o acesso às mesas de voto.
A polémica adensou-se do outro lado do Atlântico, quando o diretor da PRF divulgou publicamente o seu apoio ao atual presente, Jair Bolsonaro, e declarou que não iria cumprir qualquer ordem vinda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Brasil elege este domingo o próximo chefe de Estado, tendo os eleitores sido chamados às urnas para uma segunda volta, disputada entre o atual líder e o ex-presidente, Lula da Silva.
No sábado, o juiz e presidente do TSE, Alexandre Moraes, proibiu a realização de operações da PRF dirigidas a veículos que transportavam eleitores. A decisão surgiu depois de um pedido de um deputado do PR, que acusou o atual governo de utilizar as forças policiais e militares para condicionar os resultados eleitorais a favor de Bolsonaro.
O TSE, órgão eleitoral máximo do Brasil, já pediu explicações oficiais à PRF e convocou o diretor para uma audição.
Entretanto, nas redes sociais, foi partilhado uma publicação de um agente da PRF a congratular-se por ter impedido apoiantes de Lula de votar.
“Ó, a cara de alguém que está preocupado com as determinações do ministro… Só cumprindo o cartão programa e correndo atrás dos eleitores do Lula que saíram do cercado para voltar e não conseguiram voltar”, escreve o agente Adalberto Alfredo Schumann.
Exclusivo: agente da PRF comemora no WhatsApp o bloqueio a eleitores de Lula. Na mensagem, obtida pela piauí, o policial diz que a ação nas estradas foi ordem da cúpula e zomba da ordem do TSE para proibir operações. Por @allandeabreu1. https://t.co/yRtkdvKeTx
— revista piauí (@revistapiaui) October 30, 2022
Acusações de fraude eleitoral repetem-se
Tal como na primeira volta, foram muitos os apoiantes de Jair Bolsonaro que este domingo acusaram os resultados apurados em Portugal de serem fraudulentos.
Ao longo da tarde e a vários jornalistas, os apoiantes do atual presidente descredibilizaram a vitória dada a Lula da Silva nas três secções de voto em Portugal – Lisboa, Porto e Faro – tendo, inclusive, acusado a estação televisiva SIC de “enviesamento à esquerda”.
Também na rede social Twitter, o termo “GOLPE DE ESTADO” soma já meio milhão de tweets, de eleitores brasileiros que classificam a insubordinação e atuação das forças policiais de constituir uma tentativa de golpe. “Deixem o nordeste votar”, clamam.
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