O Supremo Tribunal de Angola ordenou, na passada segunda-feira, dia 19 de dezembro, um novo arresto preventivo dos bens de Isabel dos Santos num montante que ascende a mil milhões de dólares.
A decisão da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, que abrange as contas bancárias, ações e bens da filha do antigo presidente de Angola José Eduardo dos Santos, surge em resposta ao pedido do Ministério Público no decorrer de uma investigação por suspeitas de corrupção que envolvem a empresária.
De acordo com o despacho emitido pela mesma entidade ao qual o Jornal Económico teve acesso, a lista de arresto inclui “100% das participações sociais da empresa Embalvidro”, da qual a arguida é beneficiária efetiva; “todos os saldos das contas bancárias de depósitos à ordem tituladas ou co-tituladas (ou onde conste como procurador e/ou autorizado), sediadas em todas as instituições bancárias, incluindo as contas de depósito a prazo, outras aplicações financeiras que estejam associadas àquelas e incluindo dossiers de títulos em nome da arguida”; “70% das participações sociais na empresa UPSTAR Comunicação” na qual Isabel dos Santos é beneficiária efetiva”.
No documento é determinado, também, o arresto de “70% das participações da MSTAR, S.A., empresa de telecomunicações em Moçambique” da qual é igualmente beneficiária efetiva e de “100% das empresas UNITEL T+ Cabo Verde e Unitel STP, SARL em São Tomé e Príncipe” e, ainda, “100% das participações sociais nas empresas UNITEL Internacional Holding BV e UNITED Internacional BV”.
Segundo o despacho assinado pelo juiz Daniel Modesto Geraldes, Isabel dos Santos será notificada da decisão “após a efetivação do arresto”.
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