O ex-presidente da Rússia Dmitri Medvedev, que também foi o primeiro-ministro de Vladimir Putin entre 2012 e 2020, divulgou nesta segunda-feira uma série de previsões catastrofistas para 2023, incluindo a criação de um Quarto Reich, que juntaria o território da Alemanha “e dos seus satélites, como a Polónia, os estados bálticos, Chéquia, Eslováquia, República de Kiev e outros párias”, ou uma guerra civil nos Estados Unidos que levaria à independência da Califórnia e do Texas.
As previsões do atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, que foi presidente entre 2008 e 2012, pois nessa altura Putin ainda tinha limites constitucionais ao número de mandatos consecutivos, já foram lidas mais de 20 milhões de vezes no Twitter. E levaram a mais uma polémica com o proprietário da rede social, pois Elon Musk começou por considerar a sucessão de tweets “épica”, acrescentando quatro horas mais tarde que se trata “das previsões mais absurdas que já li, demonstrando falta de noção quanto ao progresso na inteligência artificial e na energia sustentável”.
Medvedev arrancou as suas previsões com a subida do preço do barril de petróleo para 150 dólares e do gás para cinco mil dólares por cada mil metros cúbicos, passando para o regresso do Reino Unido à União Europeia, o que levaria ao seu colapso e à morte do euro enquanto moeda comum.
A partir daí seguiam-se desenvolvimentos bélicos, nos quais a posição da Federação Russa nunca é mencionada. A saber: a ocupação das regiões ocidentais da antiga Ucrânia pela Polónia e pela Hungria, a constituição do Quarto Reich e uma guerra entre essa nova entidade e a França. Segundo Medvedev, a consequência seria a divisão da Europa e, mais concretamente, do território polaco, deixando por explicar se teria em mente algo parecido com o que Hitler e Estaline fizeram na Segunda Guerra Mundial.
Por outro lado, a Irlanda do Norte também deixaria de integrar o Reino Unido em 2023, a acreditar nas previsões do homem de confiança de Putin, juntando-se à República da Irlanda. Tal como do outro lado do Atlântico teria início a guerra civil, que culminaria na independência da Califórnia, e também do Texas, aliado ao México, enquanto no que restasse dos Estados Unidos ocorreria uma eleição presidencial da qual sairia vencedor, devido à força dos estados republicanos… o próprio Elon Musk.
Como se isto fosse pouco, Medvedev prevê ainda que “todos os maiores mercados de capitais e atividades financeiras sairão dos Estados Unidos e da Europa, mudando-se para a Ásia”. E que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional colapsarão, com o euro e o dólar norte-americano a perderem o estatuto de moedas de reserva a nível global, vendo-se substituídos por criptomoedas.
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