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Estado passa a pagar até dez mil euros em funerais em que haja luto nacional

Decreto-lei publicado no primeiro Diário da República de 2023 responde ao “encargo dispendioso para os herdeiros, ou outras pessoas que suportam as despesas”, decorrente das cerimónias fúnebres. Apoio não pode ultrapassar 50% do total.
2 Janeiro 2023, 18h30

O Estado vai passar a comparticipar as despesas decorrentes das cerimónias fúnebres de pessoas pelas quais seja decretado luto nacional, estabelecendo-se um máximo de dez mil euros que pode ser requerido por quem assumir tais encargos.

No decreto-lei, que foi publicado em Diário da República nesta segunda-feira, o primeiro de 2023, fica também estabelecido que a comparticipação tem o limite de 50% do valor assumido com as cerimónias fúnebres. Esse montante será suportado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, à qual compete aprovar a atribuição de comparticipações.

No diploma, aprovado em Conselho de Ministros a 15 de Dezembro de 2022, lê-se que “a declaração de luto nacional, bem como as devidas homenagens, para além de poder afastar um ambiente reservado e intimista, representa, amiúde, um encargo dispendioso para os herdeiros, ou outras pessoas que suportam as despesas, excedendo o montante atribuído para o subsídio de funeral, em razão da extensão e dimensão das cerimónias fúnebres”.

Defendendo-se que representa “um imperativo de dignidade” colmatar a inexistência de apoio financeiro do Estado a quem suporta este tipo de despesa, passam a ser elegíveis para a comparticipação, até a um limite de 50% do total das despesas e um total de 10 mil euros, pessoas singulares ou coletivas, que comprovadamente assumam as despesas relacionadas com as cerimónias fúnebres de personalidades cuja morte determine a declaração de luto nacional.

O luto nacional é decretado pelo Governo em caso de falecimento do Presidente da República, do primeiro-ministro e de antigos Presidentes da República, bem como quando morrem personalidades, ou ocorrem eventos, de excepcional relevância. No ano passado foi decretado luto nacional pelos falecimentos da atriz Eunice Muñoz e da pintora Paula Rego, bem como da rainha de Inglaterra, Isabel II.

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