A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, considera que o estatuto da administração que lidera é de gestores públicos, uma dimensão que não foi tida em conta na estrutura do acordo de compensação de Alexandra Reis.
“Somos gestores públicos e esse é o estatuto da administração”, afirmou a CEO da TAP esta quarta-feira na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, numa audição realizada a pedido do Chega para prestar esclarecimentos sobre a indemnização de 500 mil euros paga à antiga administradora Alexandra Reis.
“É algo que temos de compreender melhor e quais as consequências”, disse Christine Ourmières-Widener em resposta a questões colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, nomeadamente sobre qual deve ser o estatuto a aplicar à a companhia. É que a indemnização paga a Alexandra Reis ultrapassa o limite estabelecido no Estatuto do Gestor Público (EGP).
De acordo com a presidente executiva da companhia aérea, “somos gestores públicos e é uma dimensão que podia ter sido melhor explicada no processo de rescisão de Alexandra Reis”, disse, notando não se recordar de nenhuma referência ao EGP nas conversas com a SRS, a sociedade de advogados que assessorou juridicamente a TAP no acordo de indemnização pago a Alexandra Reis.
A CEO disse ainda que “há uma investigação a decorrer” e que “cumpriremos com o resultado dessa investigação”, não respondendo, apesar da insistência dos vários partidos, se em causa esteve uma demissão ou renúncia da antiga administradora. “Se tiver de ser devolvido algum dinheiro, cumpriremos o que for determinado”, disse.
Quanto ao seu salário, recordou que este é público e que está a ser aplicado, bem como a outros administradores, um corte de 30% desde que entrou em funções. “Quando esta equipa se juntou ao projeto em julho 2021, o corte foi aplicado desde o primeiro dia. Não houve qualquer medida depois da aprovação. No meu salário aplicou-se também o corte no primeiro dia em que assumi funções”.
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