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CEO da TAP garante ter condições para continuar. “Todos os dias estamos a tomar decisões. Agimos de boa fé”

Christine Ourmières-Widener foi ouvida na comissão parlamentar sobre a compensação de 500 mil euros paga à ex-administradora Alexandra Reis, onde assegurou que nunca falou diretamente com o ministro das Finanças sobre o assunto. “Apenas me aconselhou a dizer toda a verdade”, afirmou a CEO.
18 Janeiro 2023, 14h05

Christine Ourmières-Widener assume que tem condições para continuar como CEO da TAP, apesar da mais recente polémica que envolveu a companhia aérea portuguesa. A presidente executiva foi ouvida esta quarta-feira na comissão parlamentar de Obras Públicas para falar pela primeira vez sobre a compensação de 500 mil euros paga à ex-administradora Alexandra Reis.

“Todos os dias estamos a resolver problemas e a tomar decisões. Agimos de boa fé. Procuro esforçar-me sempre para merecer o salário que recebo. Percebo que isto possa parecer muito dinheiro, mas dedicamo-nos para que esta empresa tenha um grande futuro”, referiu a CEO, que foi questionada pelos deputados.

Para Christine Ourmières-Widener é necessário assegurar que a TAP continua a ser uma empresa lucrativa e sustentável, algo que não tem sido fácil nos últimos tempos. “Todos estes comentários e ataques não estão a ajudar. Muita gente diz que o cargo de CEO é o pior que se pode ter, estamos sempre nas notícias seja pelas boas ou más razões. Há sempre coisas que podem ser melhoradas e corrigidas. Parece que estamos a esquecer-nos de tudo aquilo que estamos a fazer bem”, defendeu.

Questionada sobre se falou com o ministro das Finanças a propósito da indemnização a Alexandra Reis, a CEO da TAP foi taxativa na resposta. “Diretamente não tive nenhuma discussão com o ministro das Finanças sobre Alexandra Reis. Apenas me aconselhou a dizer toda a verdade”, realçou.

A CEO mostrou-se ainda empenhada em transformar a TAP numa empresa mais ecológica e sustentável. “A TAP tem a frota mais moderna da Europa e gostaríamos de contribuir para o futuro da aviação. Estamos a desenvolver um processo de sustentabilidade que queremos que seja ambicioso com combustíveis ecológicos produzidos em Portugal. A empresa segue a tendência das outras companhias áreas europeias. Estamos a 100% da nossa capacidade. Temos aviões com mais capacidade e mais eficientes. Vamos reformular alguns aviões que estão a custar muito mais do que deviam”, salientou.

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