Inflação em Espanha sobe depois de cinco meses a recuar (com áudio)

Depois de ter estado em queda durante cinco meses consecutivos, a taxa de inflação em Espanha voltou a subir em janeiro, ainda que ligeiramente. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, no primeiro mês do ano, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se em 5,8%, mais uma décima do que o valor registado em dezembro.

Depois de ter atingido um pico em julho, desde agosto que a inflação verificada no vizinho ibérico estava em trajetória descendente: no segundo mês do terceiro trimestre, fixou-se em 10,5%, tendo depois caído para 8,9% em setembro, 7,3% em outubro, 6,8% em novembro e 5,7% em dezembro.

O arranque de 2023 foi, contudo, sinónimo de uma inversão dessa tendência: o IPC situou-se em 5,8%, revela o Instituto Nacional de Estatística espanhol, acima do valor verificado no mês anterior, o que explica, por um lado, pela subida dos preços dos combustíveis e, por outro, por uma redução menos expressiva do que há um ano dos preços das peças de vestuário e calçado. Ainda assim, os preços da eletricidade recuaram, sinaliza o gabinete de estatísticas.

Importa notar que estes são os primeiros dados a serem influenciados pelas medidas extraordinárias lançadas pelo Governo espanhol em resposta à escalada dos preços. Em causa está, por exemplo. a redução do IVA nos alimentos considerados básicos (medida que, em Portugal, o Governo tem recusado). Por outro lado, deixou de estar em vigor o desconto de 20 cêntimos por litro de combustível que tinha estado disponível até agora, o que ajuda a justificar a subida ligeira dos preços verificada em janeiro.

Já no que diz respeito à inflação subjacente, que exclui os bens alimentares não transformados e os produtos energéticos, o aumento foi mais severo: 7% para 7,5%.

Os dados da inflação de janeiro relativos a Portugal serão divulgados esta terça-feira, dia 31 de janeiro.