O presidente-executivo da SOCEM defendeu hoje uma política de imigração que permita atrair trabalhadores qualificados para Portugal.
“É importante haver uma estratégia de imigração para atrair pessoal qualificado, com uma base académica”, disse hoje Luís Febra durante o Fórum Portugal 2030, organizado pelo Novobanco e pelo Jornal Económico, que decorreu hoje em Lisboa.
A empresa produtora de moldes fica localizada em Martingança, distrito de Leiria, e conta com escritórios e unidades de produção no Brasil e no México.
“Dado o fator de natalidade em Portugal, negativo nas últimas décadas, falta estratégia de imigração pelo Governo para Portugal. Estamos a perder mão de obra qualificada dos jovens que emigram”, segundo o gestor.
“Estamos a receber muitos imigrantes que não estão orientados para a economia de produção, mas para o turismo, o atendimento e não tanto para a produção industrial”, acrescentou.
Sobre a SOCEM, destacou que 85% da produção da companhia com 600 trabalhadores destina-se à exportação.
“Já vivemos todos os programas comunitários que existiram” e foram fundamentais para o “crescimento” da companhia.
Contudo, apesar de apostar nos programas comunitários para o seu “desenvolvimento”, a empresa tem rejeitado fazer um caminho só com base na “subsidio dependência”.
“Não temos tido dificuldade de reter e de atrair talento. Precisamos de dimensão crítica para competir num mercado internacional”, afirmou Luís Febra.
“Estamos de igual para igual com os grandes no mundo”, disse, sobre a competitividade da SOCEM.
Sobre os fundos comunitários, rejeitou que o contexto de inflação elevada venha a comprometer a execução dos planos, admitindo que possa haver atrasos, destacando que o factor incerteza sempre existiu ao longo das últimas décadas.
O empresário estranhou que “num momento em que se fala da reindustrialização da Europa, Portugal não tem um ministério da Indústria”, como chegou a ter.
O gestor defendeu que é preciso “fazer com que cada um dos investimentos seja rentável que crie riqueza. Não se deve fazer projetos apenas porque há fundos, mas porque o mercado precisa e consiga rentabilizar o projeto. É a nossa fórmula”.
“Nos investimentos que temos feito em 38 anos foram sempre pensados numa lógica de ‘vale a pena'”, sublinhou.
“As instituições têm muito poucas pessoas para o trabalho que tem de ser feito”, disse o responsável sobre atrasos que têm havidos nos fundos comunitários. Trazia capitalização para os países e empresas, acelerar estes processos”.
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