“Fiquei com uma certeza de que na verdade este relatório foi escrito pelo Governo e enviado para o grupo parlamentar do PS ontem à noite. Só isso explica a incapacidade da própria de explicar o relatório e que há pouco conseguiu passar um embaraço maior ao país inteiro”, disse Ventura.

A posição do partido foi marcada pelo deputado Paulo Moniz, que deixou claro que os sociais-democratas vão votar contra um documento que não “dá atenção ao que foram as vastas audições” e que “branqueia” vários factos.

“Aquilo que temos neste relatório é uma clara evidência do que é feito apesar da realidade, contra a realidade e em rigor tendo sido feito contra a realidade”, defende Rui Rocha.

“A tutela financeira, uma empresa com tutela partilhadas entre finanças e infraestuturas, não foi envolvida neste processo. Souberam do processo no momento final, quando houve a comunicação da TAP À CMVM”, explicou a deputada do PS, que examina publicamente, esta manhã, a partir da Assembleia da República, a versão preliminar do relatório sobre a gestão da empresa e a gestão da tutela política

O deputado bloquista Pedro Filipe Soares questionou, durante a conferência de imprensa em que reagiu ao relatório da CPI, sobre a avaliação ao “papel de João Galamba na demissão da CEO da TAP”. O Bloco de Esquerda critica ainda o facto da apresentação dos resultados da TAP não ter sido feita publicamente por ordem da tutela.

Para Ana Paula Bernardo há “a necessidade de maior e melhor articulação entre tutelas, a necessidade de serem estabelecido canais formais de relacionamento entre tutelas”.