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10 Junho: “Somos uma mistura e ninguém se pode dizer mais puro”, sublinha Marcelo

Esta mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa no seu discurso do 10 de Junho tinha sido também deixada antes pela escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, presidente da comissão organizadora destas comemorações do Dia de Portugal, realizadas na cidade algarvia de Lagos.
10 Junho 2025, 13h08

O Presidente da República descreveu hoje os portugueses como uma mistura de povos vindos de todas as partes ao longo de séculos e defendeu que ninguém se pode dizer mais puro ou mais português.

Esta mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa no seu discurso do 10 de Junho tinha sido também deixada antes pela escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, presidente da comissão organizadora destas comemorações do Dia de Portugal, realizadas na cidade algarvia de Lagos.

“Aqui, neste lugar simbólico de tanta História feita e a fazer, como nos contou Lídia Jorge, uma das maiores destes tempos, aqui somos chamados a recordar, a recriar e a agradecer”, afirmou o chefe de Estado.

Ao “recordar os quase 900 anos da pátria comum”, Marcelo Rebelo de Sousa expressou “orgulho naqueles que a fizeram, vindos de todas as partes: gregos, fenícios, romanos, germânicos, nórdicos, judeus, mouros, africanos, latino-americanos e orientais”.

“E desde as raízes, lusitanos, lioneses, borgonheses, gauleses, saxões, os mais antigos aliados políticos. Recordar esses e muitos mais que de nós fizeram uma mistura, em que não há quem possa dizer que é mais puro e mais português do que qualquer outro”, acrescentou.

No início da sua intervenção, o Presidente da República referiu que antigamente em Lagos “se somavam os estaleiros das naus do futuro e o mercado dos escravos” e agora se cruzam “emigrantes regressados à pátria conjuntamente com residentes europeus, das Américas, das Áfricas e das Ásias”.

Marcelo Rebelo de Sousa retratou o passado de Portugal como composto por guerras perdidas e vencidas, independências perdidas e recuperadas, epopeias, acertos e erros.

“[Há que recordar] o que delas soubemos acertar, aprender, converter em futuro nosso e da humanidade, mas também o que errámos, o que desperdiçámos, o que não fizemos em continentes e oceanos”, disse.

“Tudo isto e muito mais definiu o que somos: experientes, resistentes, criativos, heróis nos momentos certos, capazes de falar línguas, de entender climas e usos, de conviver com todos, de fazer construindo dia a dia pontes”, considerou, concluindo: “Nós somos portugueses porque somos universais e somos universais porque somos portugueses”.

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