[weglot_switcher]

31 de agosto: O dia da maior destruição de emprego na história espanhola

Naquela ‘quinta-feira negra’ foram extintos 313.141 e foram assinados apenas 46.779.
4 Setembro 2017, 13h11

O verão chegou ao fim e com ele terminaram vários contratos de trabalho em Espanha, que se adicionam à situação de emprego já existente e à proliferação de contratos cada vez mais curtos.

O dia 31 de agosto fica marcado como o dia de maior destruição do emprego na história espanhola, com a resolução de 266.262 postos de trabalho, noticia o El País. Naquela ‘quinta-feira negra’ foram extintos 313.141 e foram assinados apenas 46.779.

A precariedade no emprego no país tem sido referida, especialmente em relação à duração dos contratos de trabalho. De acordo com dados da empresa de trabalho temporário Asempleo, um quarto dos contratos assinados em Espanha dura menos de sete dias. Em agosto, foram assinados mais de 1,5 milhão de contratos, sendo apenas 7,5% a termo indefinido.

Os contratos que duram uma semana, e até mesmo um dia, são comuns no país vizinho. Há até empregadores que despedem um trabalhador no final do mês só para o contratarem no seguinte.

A última vez que Espanha sofreu tal queda no emprego foi a 30 de Junho, no entanto, essa foi uma situação em que vários factores convergiram: além de ter calhado a uma sexta-feira, dia em que são extintos vários contratos para nova assinatura na segunda-feira, foi fim de trimestre e de semestre – datas propícias à extinção de contratos.

Três dias depois, a 3 de Julho, os espanhóis celebravam o dia da maior criação de emprego na história.

Questionado pelo jornal espanhol em relação às oscilações constantes na Segurança Social, que pode estar ligada a questões fraudulentas, o Secretário de Estado da Segurança Social, Tomás Burgos, considera que esta prática, apesar de “usual em Espanha”, “representa um problema, não só em termos estatísticos, mas também em relação aos direitos dos trabalhadores”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.