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36ª posição. Portugal sobe um lugar no ranking global de competitividade

É o segundo ano seguido em que o país melhora a sua posição no ranking do IMD World Competitiveness Center. Mão-de-obra qualificada, custo de oportunidade e as infraestruturas continuam a ser os fatores que tornam a economia nacional mais atrativa.
17 Junho 2021, 10h23

Portugal voltou a melhorar pelo segundo ano consecutivo a sua posição no ranking das economias mais competitivas a nível mundial ocupando agora o 36º lugar, um posto acima do verificado no ano anterior, de acordo com os dados do IMD World Competitiveness Center divulgados em comunicado esta quinta-feira, 17 de junho.

Este ranking que conta também com a colaboração da Porto Business School avalia fatores como o desempenho económico, a eficiência das empresas, das infraestruturas e do Governo. Em Portugal, fatores como a mão-de-obra qualificada, o custo de oportunidade e as infraestruturas têm vindo a contribuir para tornar a economia nacional mais atrativa, tendo permitido ao país subir pela terceira vez neste ranking nos últimos cinco anos.

Em 2020, a economia portuguesa verificou uma subida na competitividade sobretudo devido a ligeiras melhorias nas Infraestruturas científicas (34º para 31º), no enquadramento social (22º para 20º) e na mão-de-obra qualificada (44º para 42º), destacando-se entre as maiores forças competitivas do país as leis para imigração (3ª posição), a força de trabalho feminina (5ª) a qualificação de profissionais de engenharia (5ª) e capacidade de exportação (6ª).

Na liderança deste ranking estão Suíça (1º), Suécia (2º), Dinamarca (3º) com fatores como a inovação, a digitalização, os benefícios sociais e coesão social a serem os pontos-chave para o desempenho económico destas nações.

A Suíça assume a liderança depois de ocupar o 3º lugar no ano passado com destaque para os resultados no investimento internacional e no emprego. Já a subida de quatro lugares da Suécia (2º) deve-se sobre tudo à melhoria da sua economia a nível doméstico e ao emprego, enquanto a Dinamarca (3º) desceu um lugar, devido à queda na avaliação da competitividade na eficiência do governo, apesar do bom desempenho na eficiência empresarial.

Rui Coutinho, Diretor Executivo para a Inovação e Desenvolvimento da Porto Business School, refere que “considerando o contexto pandémico, à primeira vista poderá parecer positiva a notícia de que Portugal se mantém “a meio da tabela”, acrescentando, contudo, que o país persiste em não dar sinais de reforço da sua competitividade, o que no contexto europeu, significa que outras economias (também afetadas pela pandemia) como o Chipre, a Estónia, a Lituânia, a Letónia ou a Eslovénia estejam hoje muito próximas ou tenham já ultrapassado Portugal ao nível da competitividade das suas economias.

“Esse é um sinal muito preocupante, ao qual, infelizmente, pouca atenção tem sido dada. Continuamos a não abordar os problemas estruturais da nossa economia portuguesa e o ranking mostra-nos isso de forma clara: ainda que tenhamos subido uma posição, a nossa performance económica piorou, a eficiência do governo baixou substancialmente (sobretudo devido ao agravamento nas finanças públicas) e os nossos níveis de produtividade e de práticas de gestão continuam preocupantemente baixos”, afirma.

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