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377 milhões de euros depois, o Wolverhampton FC é a coqueluche de Jorge Mendes

O investimento nos ‘wolves está diretamente ligado à influência de Jorge Mendes. Segundo a “BBC” foi o agente português que sugeriu ao grupo ‘Fosun International’ que o clube inglês estaria disposto a ouvir propostas, algo que efetivamente aconteceu. O negócio acabou por ficar consumado sete meses depois de uma subsidiária da Fosun ter adquirido uma participação de 20% na agência Gestifute de Mendes.
19 Novembro 2020, 18h00

Em 2016, o grupo chinês ‘Fosun International’ comprou o Wolverhampton FC por 50 milhões de euros. Desde então, os adeptos dos Wolves assistiram a uma verdadeira revolução na cultura do clube: regressaram à Premier League e tornaram-se num dos clubes mais bem-sucedidos fora dos ‘Big Six’ da Premier League (Arsenal, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Liverpool e Tottenham). É impossível separar o sucesso da “armada lusa” da influência de Jorge Mendes – responsável por alguns dos negócios mais caros da história do clube.

A chegada do grupo chinês ‘Fosun International’ a Inglaterra surgiu depois do presidente da China, Xi Jinping, ter incentivado os empresários ligados ao mundo desportivo a terem mais ligações com o futebol europeu. Desde então, foram vários os empresários/grupos oriundos da China que adquiriram partes significativas de clubes das cinco principais ligas (e não só) na Europa, alguns com sucesso, outros nem por isso.

O investimento nos ‘wolves está diretamente ligado à influência de Jorge Mendes, ou seja, segundo a “BBC” foi o agente português que sugeriu ao grupo ‘Fosun International’ que o clube inglês estaria disposto a ouvir propostas, algo que efetivamente aconteceu. O negócio acabou por ficar consumado sete meses depois de uma subsidiária da Fosun ter adquirido uma participação de 20% na agência Gestifute de Mendes.

O investimento em jogadores tem sido uma constante, e aqui o envolvimento do “superagente” não é novidade, especialmente no que toca a jogadores portugueses ou vindos da liga portuguesa. Mendes, tem tido um papel fundamental na maioria dos negócios do clube que, desde 2016, já gastou 377 milhões de euros. Dos gastos em transferências, mais de metade foram em jogadores portugueses agenciados, na sua maioria, por Mendes.

As contratações de Ruben Neves (17,9 milhões de euros), Diogo Jota (14 milhões de euros), João Moutinho (5,6 milhões de euros), Rui Patricio (18 milhões de euros) e Daniel Podence (19,6 milhões de euros), são alguns dos exemplos que, em ultima análise, ajudaram os Wolves a tornarem-se numa das equipas mais fortes da Premier League.

Nuno Espírito Santo, treinador português do Wolverhampton FC, tem sido um dos grandes catalisadores do clube, e é uma das personalidades mais populares entre os adeptos. Até aqui a influência de Jorge Mendes é incalculável, uma vez que Nuno, desde os seus tempos de jogador, é agenciado por Mendes, sendo precisamente o agente português quem o levou para Inglaterra e é com ele que concebe a estratégia para o mercado de transferências.

Por sua vez, ainda que as compras tenham catapultado o clube para elite do futebol inglês, as vendas não acompanharam o sucesso, ainda que já tenham rendido 136 milhões de euros. Mais uma vez, o papel de Jorge Mendes também aqui foi fundamental, uma vez que os negócios mais avultados respeitantes às saídas do plantel dos ‘wolves’ tenham sido geridos pelo ‘superagente’, como é exemplo a saída de Diogo Jota para o Liverpool por 44,7 milhões de euros.

A influência de Jorge Mendes na última década do futebol europeu é inegável, foram vários os negócios milionários onde o agente português esteve envolvido e, sem dúvida, que muitos deles acabaram por ser benéficos tanto para os clubes vendedores como para os compradores. O aumento da qualidade do Wolverhampton FC não é um acaso, mas sim uma demonstração clara de que com dinheiro, estrutura e ambição se podem atingir patamares que anteriormente parecia inalcançáveis.

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