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5G. Investimento insuficiente na UE gera discrepância de cinco mil milhões face aos EUA

Um novo estudo europeu revela “investimento insuficiente” de capital de risco nas redes móveis de quinta geração (5G) na União Europeia (UE), apontando uma lacuna de financiamento anual de cerca de 5.000 milhões de euros face aos Estados Unidos.
23 Fevereiro 2021, 13h35

Em causa está o estudo “Acelerar a transição 5G na Europa”, realizado pela Comissão Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento, no qual é salientada “a necessidade” de a UE “aumentar significativamente o seu investimento” privado em projetos digitais com esta tecnologia a fim de conseguir beneficiar das inovações criadas por estas redes.

“O estudo salienta uma diferença de financiamento significativa de 4,6 a 6,6 mil milhões de euros por ano entre a Europa e os Estados Unidos em termos de financiamento de capital de risco para o ecossistema de inovação 5G, o que aumenta o risco de investimento insuficiente nesta tecnologia, particularmente no atual contexto de recuperação europeia”, pós-crise da covid-19, destaca o executivo comunitário em comunicado de imprensa.

Na nota, a instituição acrescenta que “as inovações 5G são um elemento chave para impulsionar a competitividade europeia e estimular a recuperação económica”, exortando a um “necessário” aumento do investimento privado para o desenvolvimento da Europa.

“Embora uma estratégia comum para o mercado único deva atribuir capital público suficiente aos ecossistemas 5G, através dos orçamentos nacionais e programas da UE, incluindo o Fundo de Recuperação e o InvestEU, o capital de risco é ainda necessário para colmatar esta lacuna”, justifica a Comissão Europeia.

A instituição dá ainda conta de que irá usar as conclusões deste estudo para emitir recomendações sobre os “próximos passos” para o capital de risco 5G na Europa.

De acordo com o mais recente relatório do Observatório Europeu para o 5G, estrutura criada pela Comissão Europeia, em dezembro passado esta tecnologia estava já presente em 23 Estados-membros da UE, mais o Reino Unido.

Da lista não constava, porém, Portugal nem Chipre, Lituânia e Malta.

A quinta geração de sistemas de telecomunicações móveis e sem fios permite ligações ultrarrápidas e a conexão de um elevado número de dispositivos.

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