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5G: Reino Unido vai limitar acesso da Huawei às infraestruturas da rede móvel britânica

O Reino Unido já tinha sido sondado em fevereiro pelos EUA, embora um relatório de uma autoridade britânica tinha concluído que não há perigos de segurança nos serviços da empresa chinesa – também Portugal foi já questionado pelos EUA.
  • David Becker/Getty Images
24 Abril 2019, 13h26

Depois de Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos terem bloqueado a utilização de tecnologia fornecida pela Huawei, por temerem que a empresa chinesa seja um veículo para operações de espionagem da China, eis que o Reino Unido prepara-se para limitar o acesso da maior empresa de infraestruturas para telecomunicações do mundo da rede móvel de quinta geração (5G) britânica.

A informação foi avançada pelo jornal britânico “The Telegraph“, que cita fonte próxima do processo, garantindo que a Huawei apenas intervirá na rede em áreas não-essenciais.

O mesmo artigo refere que a questão da Huawei no 5G do Reino Unido está a dividir as autoridades britânicas e que a decisão do Governo de Theresa May em permitir, ainda que restrito, o acesso da empresa chinesa às infraestruturas móveis do país pode ser entendido como uma provocação aos apelos dos Estados Unidos.

Washington tem feito uma campanha a nível internacional junto dos países aliados, sobretudo na União Europeia, apelando que não se recorra à tecnologia da Huawei, devido às suspeitas de que a tecnológica chinesa possa estar a ser usada pelo Estado chinês para espionagem.

Em fevereiro deste ano, o Reino Unido já tinha sido sondado pelos EUA, embora um relatório de uma autoridade britânica tenha concluído que não há perigos de segurança nos serviços da empresa chinesa – também Portugal foi já questionado pelos EUA.

Há quem já compare a questão do 5G e da Huawei com o cenário de pressão internacional criada pelos Estados Unidos em tempos de Guerra Fria, aquando da corrida ao armamento nuclear – um episódio que levou à bipolarização geopolítica do mundo.

O 5G permitirá alcançar uma velocidade na transmissão de dados muito mais rápida do que ocorre hoje em dia, permitindo uma conectividade e emparelhamento de dispositivos e outras tecnologias sem paralelo ao que ocorre atualmente, e – tudo aponta – que a nova rede se tornará a  fundamental em muitos setores de atividade.

https://jornaleconomico.pt/noticias/respostas-rapidas-porque-e-que-os-eua-estao-a-apertar-o-cerco-aos-chineses-da-huawei-421066

 

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