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70% dos portugueses considera que vacinação impulsiona recuperação económica e confiança do consumidor

A vacinação representa um elemento chave para a recuperação económica do país e para o aumento da confiança do consumidor para três em cada quatro portugueses, de acordo com um inquérito da Boutique Research.
1 Junho 2021, 14h22

O atual ritmo de vacinação em Portugal, que soma mais de 5 milhões de doses administradas e cerca de 2 milhões de portugueses já vacinados, traduz-se num sentimento de otimismo. Um otimismo de tal maneira visível que quase três em cada quatro portugueses (71%) considera que, quando a maioria da população estiver vacinada, a situação económica do país vai melhorar.

Os resultados são de um estudo realizado pela Boutique Research, empresa especializada em estudos de mercado e opinião, divulgada esta terça-feira, que indica também que 50% considera que vai melhorar ligeiramente, 21% que melhorará bastante e apenas 11% está cético em relação ao impacto da vacina no futuro.

Numa altura em o processo de vacinação avança e mais de 37% da população já levou pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, a maioria dos portugueses, 54%, considera que o dia de ser vacinado é um momento importante (33%) ou mesmo muito importante (21%).

Apesar do entusiasmo, cerca de 70% dos inquiridos considera que continua com a mesma preocupação e cuidados que tinham antes de serem vacinados. A percentagem de portugueses cautelosos, mesmo depois da vacina, aumenta com a idade: 78% dos maiores de 60 anos afirma que irá manter as mesmas precauções, face a 70% na faixa etária dos 40-59 anos e 64% entre os 25 e os 39 anos. Contudo, só 2% dos inquiridos acredita que tudo ficará como antes, respondendo que depois de ser vacinado será como se a pandemia tivesse terminado.

Quanto ao processo de imunização em Portugal, 71% considera que o ritmo de vacinação é igual ou melhor à dos outros países, 72% que a organização é melhor ou igual à dos outros países e, para 84% a segurança em relação às vacinas dadas é melhor ou igual à dos outros países. Apenas 20% responde que o ritmo de vacinação está a ser mais lento em Portugal.

Vacinação impulsiona clima de confiança

À semelhança dos dados do Instituto Nacional de Estatística, que dão conta de que a confiança dos consumidores está a níveis pré-pandemia, também as conclusões do estudo da Boutique Research confirmam esta tendência: a preocupação com o futuro é a mais baixa desde abril de 2020 deixando transparecer um certo otimismo por parte dos portugueses. Assim, numa escala de 1 a 10, em que 1 é “nada preocupado” e 10 é “muito preocupado”, a percentagem de pessoas que mostra mais preocupação desce consideravelmente situando-se agora nos 46% face a 63% de pessimistas em abril de 2020, altura do primeiro confinamento.

Em relação às férias, as conclusões do estudo apontam para um aumento do número de portugueses que irá fazer férias de verão: 77% face a 71% em 2020. Em relação ao destino, poucas mudanças: 52% dos que respondem afirmativamente irão passar as férias em Portugal (face a 47% o ano passado) e a percentagem de inquiridos que passará as férias de verão no estrangeiro mantém-se estável nos 7%.

Relativamente ao subsídio de férias, a pandemia não parece ter alterado os hábitos dos portugueses. Para cerca de um terço dos portugueses (33%), o subsídio de férias é para guardar para quando for necessário, 28% pensam gastá-lo em férias, 28% para comprar alguma coisa que habitualmente não compraria e outros 28% para pagar contas que estão para chegar ou que estão em atraso. Já 6% admite reservar o subsídio para comprar o material escolar para os filhos.

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