[weglot_switcher]

A escola que muda vidas

Com um sistema de ensino inovador e totalmente gratuito, a Escola 42 vai ao encontro das necessidades das empresas e dos sonhos dos alunos. Promove a mobilidade social, independentemente da origem ou da condição financeira dos estudantes.
6 Dezembro 2024, 12h12

Antes de entrar na Escola 42, o dia-a-dia de Diogo Santos, de 24 anos, era muito diferente. Frequentava um curso de gestão de redes informáticas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), nas Laranjeiras, e trabalhava em part-time num supermercado Lidl da Ericeira. Responsável pelo departamento não alimentar, entrava todos os dias na loja por volta das 17h00, incluindo fins-de-semana. Andava de transportes públicos e ganhava à volta de 400 euros. Se fosse necessário também ajudava na reposição de produtos ou na caixa registradora. Ganhar alguma experiência profissional era o principal objectivo, mas contribuía com parte do salário para ajudar os pais nas despesas da casa. Até que um dia, a mãe leu uma notícia na Internet sobre a escola de Programação 42 Lisboa e Porto, fundada por Pedro Santa Clara. Totalmente gratuita, aqui não há professores, não há aulas, nem horários. Ou seja, o ensino é feito com base em projetos e entre pares.

Diogo, que sempre teve uma paixão pela área tecnológica, achou que “quando a esmola é demais o pobre desconfia”. Só que esta “esmola” mudou-lhe a vida. Fez os testes online, foi aprovado para a ‘Piscine’, onde durante quatro semanas intensivas aprendeu muito sobre programação e trabalho em equipa. “E depois de completar com sucesso, tornei-me oficialmente aluno da 42 Lisboa”, conta ao Jornal Económico. Deixou o supermercado e agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Todos os dias, às 7h45, entra no autocarro que o leva da Ericeira para o Hub Criativo do Beato com energia redobrada. Na 42, há músicos, economistas, advogados, engenheiros, arquitetos, médicos, pilotos de aviação, condutores de Uber, cozinheiros, seguranças ou oficiais do exército. A média etária dos alunos anda na casa dos 20 anos, mas tanto podemos encontrar um estudante de 18 como outro acima de 60.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.