A imparável ascensão dos carros eletrificados: em 10 anos já valem um terço das vendas

Os carros eletrificados têm tido uma ascensão imparável em Portugal. Em 10 anos passaram de uma quota de quase zero por cento do mercado, para dominar um terço das vendas.

Da quota de 0,2% em 2014 (190 veículos) os carros elétricos pesaram 33% nas vendas de ligeiros em 2024 (42 mil veículos), segundo os dados da Agência Internacional de Energia (IEA).

Atualmente, já circulam maios de 240 mil eletrificados nas estradas nacionais, pesando mais de 4% no parque automóvel nacional.

As vendas globais superaram os 17 milhões de unidades em 2024, pesando 20% nas vendas a nível global.

A China manteve a sua liderança, com os eletrificados a pesarem metade das vendas totais: 11 milhões destes veículos vendidos, com 1 em cada 10 veículos a serem elétricos.

Na Europa, as vendas estagnaram em 2024 à medida que os subsídios foram sendo retirados, mas as vendas permaneceram 20% ou mais em alguns países, compensando a quebra noutros.

Já nos EUA, as vendas subiram 10%, com 1 em cada 10 carros vendidos a ser eletrificado.

Para 2025, as vendas devem superar os 20 milhões de unidades em todo o mundo, pesando mais de um quarto nas vendas. E já há bons sinais: as vendas subiram 35% no primeiro trimestre, com recordes a serem atingidos nos principais mercados.

Na Europa, as vendas deverão pesar 25% no total do mercado, apesar de as metas europeias de reduções de emissões nas vendas terem sido adiadas, dando mais espaço aos produtores automóveis para se adaptarem.

“Os nossos dados demonstram que, apesar de incertezas significantes, os veículos eletrificados permanecem numa forte trajetória globalmente. As vendas continuam a atingir novos recordes, com grandes implicações para a indústria automóvel internacional”, disse em comunicado o diretor da IEA Fatih Birol.

“Este ano, esperamos que mais de um em quatro veículos vendidos em todo o mundo seja eletrificado, com o crescimento a acelerar em muitas economias emergentes. Até ao final da década, as vendas devem subir para 2 em cada 5, à medida que ficam mais baratos”, acrescentou.