[weglot_switcher]

“A música é um estímulo que motiva e interessa crianças com perturbação do autismo”

Para Carina Freitas, médica pedopsiquiatra e doutoranda em ciências médicas e neurociências, muitas crianças com autismo têm capacidades musicais que podem ser estimuladas e aproveitadas.
25 Fevereiro 2019, 07h45

Quando a música toca o cérebro, provoca em nós uma série de estímulos, desde a alegria, o prazer e a vontade de nos exprimirmos corporalmente, através da dança, até à tristeza e à vontade de nos isolarmos do resto do mundo. O facto de a música ter o poder de nos fazer sentir tantas coisas, dota-a de caraterísticas terapêuticas, que podem ser usadas para combater ou amenizar certo tipo de patologias. A esta prática de utilização da música para efeitos de terapia, dá-se o nome de musicoterapia. “O objetivo é utilizar a música e os seus elementos, como o som, o ritmo e a melodia para promover o desenvolvimento da pessoa, quer seja a nível social, emocional, comunicacional, motor e cognitivo”, explica Sara Teixeira, Mestre em Musicoterapia e Reabilitação Psicomotora. Esta forma de terapia tem uma das suas aplicações nas crianças com perturbação do autismo.

Carina Freitas, Médica Pedopsiquiatra, Mestre em Neurociências e Doutoranda em Ciências Médicas e Neurociências, diz que os primeiros estudos sobre o autismo, remontam a 1943, quando Leo Kanner, um psiquiatra austríaco, faz a primeira descrição dos casos de autismo. Este psiquiatra apercebeu-se de que o seu grupo de crianças autistas apresentava capacidades musicais superiores à média: para além de uma grande memória musical, tinham ouvido absoluto, um fenómeno que consiste na capacidade de alguém identificar uma nota musical sem qualquer tom de referência.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.