Mohammad Faruk nasceu em Daca, capital do Bangladesh, mas foi em Portugal que se tornou um pequeno empresário: tem dois restaurantes na Rua do Benformoso, uma drogaria, emprega 17 pessoas e paga 15 mil euros mensais em impostos. É casado, tem três filhos inscritos num colégio privado e gosta de passar férias no Algarve e em Espanha. Também viaja para visitar familiares e amigos no Reino Unido, França e fazer a peregrinação a Meca, na Arábia Saudita. “Cheguei a Portugal em 1999. Os meus pais e um irmão emprestaram-me quatro mil dólares para as despesas da viagem e aluguer de quarto. Comecei a trabalhar na construção civil e, mais tarde, como vendedor ambulante. Em 2009 abri o meu primeiro restaurante, o Bangla”, conta Faruk, de 50 anos, ao JE.
Na multicultural Rua do Benformoso, que liga o Martim Moniz ao Largo do Intendente, há mercearias, talhos, barbearias, lojas de telemóveis e muitos restaurantes. Entre as portas das lojas encontram-se vendedores de rua com cestos recheados de uma folha seca para mascar – um quilo custa 50 euros. Perto da hora de almoço, o cheiro intenso a caril e açafrão toma conta da rua. Mohammad Faruk vai cumprimentando quem por ali passa nos estreitos passeios: imigrantes do Bangladesh, Índia ou Paquistão. “Também conheço muitos portugueses que moram nesta zona ou frequentam os meus restaurantes”, diz.
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