O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, manteve hoje as suas declarações sobre a ofensiva de retaliação em Gaza, que irritaram Israel, argumentando que se tratava de “uma questão de humanidade”, noticiou a EFE.
Em visita ao terminal egípcio de Rafah, na sexta-feira, com o seu homólogo belga Alexander De Croo, Pedro Sanchez declarou que a “matança indiscriminada de civis inocentes” nos territórios palestinianos era “absolutamente inaceitável”, uma posição também manifestada pelo líder belga. Na altura, ambos apelaram a um cessar-fogo duradouro.
De imediato, Israel anunciou que iria convocar os embaixadores dos dois países para um protesto oficial, acusando os dois líderes de “apoiarem o terrorismo”.
Pedro Sanchez respondeu a estas acusações hoje, durante uma reunião do partido socialista em Madrid, dizendo: “Condenar os ataques vis de um grupo terrorista como o Hamas e, ao mesmo tempo, condenar a morte indiscriminada de palestinianos em Gaza não é uma questão de política ou de ideologia, é uma questão de humanidade”.
Entretanto, o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, disse na televisão, na sexta-feira, que tinha telefonado ao embaixador israelita em Madrid para protestar formalmente contra as alegações e críticas de Israel a Sanchez.
De acordo com as autoridades israelitas, 1.200 pessoas, na sua grande maioria civis, foram massacradas no ataque lançado pelo movimento islamista Hamas contra Israel a 7 de outubro, um nível de violência sem precedentes na história do país.
Em represália, Israel prometeu eliminar o Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel, bombardeando incessantemente o território palestiniano e lançando uma ofensiva terrestre a 27 de outubro, até ao início da trégua, na sexta-feira.
Na Faixa de Gaza, cerca de 15 mil pessoas foram mortas pelos ataques israelitas, um grande número delas crianças e jovens, segundo o governo do Hamas.
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