O ‘Bluetech Accelerator Ports & Shipping 4.0’ recebeu um total de 87 inscrições, de 29 países diferentes. Este projeto tem como principal desígnio a criação de um ecossistema de inovação na Economia do Mar portuguesa.
“Pretende-se identificar, selecionar e capacitar as ‘startups’ com modelos de negócios sustentáveis e com potencial de integração de pilotos junto dos grandes ‘players’ nacionais e internacionais da ‘Economia Azul’, numa iniciativa que está a ser liderada pela Direção-Geral da Política do Mar (DGPM) e pela plataforma de inovação Beta-i”, explica um comunicado do Ministério do Mar.
Depois de encerradas as inscrições, para este acelerador, Portugal e os Estados Unidos são os países mais representados, com 13 ‘startups’ cada, seguidos pela Índia, com 10, e pela Alemanha e Reino Unido, com 5 e 4, respetivamente.
“Estes números dizem muito do alcance internacional desta iniciativa, ao mesmo tempo que ajudam a projetar Portugal como país inovador na área da economia do Mar em vários mercados”, destaca o referido comunicado.
O mesmo documento acrescenta que, “se olharmos para o quadro de objetivos do ‘Bluetech’, reparamos que o espaço destinado à ‘Gestão de Desempenho de Carga e Frotas’ atraiu 38% das candidaturas, seguido do desafio ‘Sustentabilidade Ambiental’, com 33%”.
Por seu turno, o desafio ‘Otimização de Processos em Terra’ mereceu 31% das candidaturas, o mesmo que o outro tema, centrado na ‘Conectividade de Navegação do Futuro’.
A fase de candidaturas arrancou a 4 de março e estendeu-se até ao dia 19 de abril.
“A fase de seleção, que envolve todos os parceiros, decorre agora, até ao dia 17 de maio, havendo lugar a um evento com o ‘pitch’ das 40 melhores candidaturas inserido no ‘European Maritime Day’, em Lisboa, acrescenta o comunicado do Ministério do Mar.
Mais tarde, decorrerá um ‘bootcamp’ de cinco dias, que terá início dia 24 de Junho, com as ‘startups’ selecionadas para entrar na fase de pilotagem a serem conhecidas dia 28 de junho.
O fim do programa ocorrerá em outubro, que culmina com o ‘Demo Day’, onde as soluções encontradas e os resultados conhecidos serão apresentadas publicamente.
Esta iniciativa tem como promotor o Ministério do Mar, através da Direção Geral de Política do Mar (DGPM), e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), contando com a parceria dos portos de Leixões e de Sines, Grupo ETE, Grupo Portline, Inmarsat e Tekever, sendo o programa implementado pela Beta-i.
“Estes parceiros participarão no processo de seleção e financiamento do conjunto de ‘startups’ vencedoras, que se conhecerão no último trimestre de 2019. O programa terá a bordo cruciais ‘players’ do sector marítimo-portuário, provando que a ‘aceleração azul’ da Economia do Mar é uma aposta capaz de mobilizar o interesse e a motivação das empresas que encabeçam o sector”, destaca o comunicado do ministério liderado por Ana Paula Vitorino.
Temas como a ‘Big Data’, Internet das Coisas (IoT), Automatização e Robotização dos Portos, Sistemas Autónomos, ‘Smart Shipping’ ou Vigilância Marítima “são algumas tendências com potencial de disrupção no setor marítimo-portuário nacional, e são algumas das áreas onde este programa se vai foca”r.
A iniciativa ‘Bluetech Accelerator’ faz parte do ‘Programa Ocean Portugal’, desenvolvido em conjunto pelo Ministério do Mar e pela FLAD, que visa desenvolver a inovação azul e empreendedorismo.
“Vem ainda responder a uma das diretrizes estratégicas do Governo, que visa aumentar o peso da Economia do Mar Sustentável no PIB nacional e que passa pela implementação de políticas e iniciativas que estimulem o aumento da intensidade tecnológica, da sustentabilidade e da sofisticação dos modelos de negócio da economia azul”, conclui o referido comunicado.
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